O USO DA ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO (NIR) PARA DISCRIMINAÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS DA AMAZÔNIA
Espectroscopia no infravermelho próximo , Anatomia da Madeira, Identificação da madeira.
A atividade econômica gerada pelo setor florestal ainda é extremamente representativa para a composição do produto interno bruto – PIB do país. Dentro desse cenário, embora a cadeia produtiva florestal seja bastante diversificada e esteja vivendo momentos de intensificação em seus processos de regulação, a produção de madeireira em florestas nativas ainda desponta como sendo uma das possibilidades de investimento mais rentáveis e atrativas para o setor. Uma das maiores dificuldades e consequente desafio dos Inventários para exploração de madeira está no processo de identificação das espécies, pois não raramente são encontrados Planos de Manejo com erros aviltantes de identificação das espécies e as consequências disso se dão, não somente no erro estratégico de intervenção na floresta, mas geram significativos desconfortos dentro do mercado nacional e internacional, sem citar as penalidades legais impostas aos responsáveis em virtude do descumprimento de normas. Nessa perspectiva surge a imperativa necessidade de aprimoramento do processo de identificação e reconhecimento de espécies para que os projetos se apresentem de forma mais consistentes. Segundo Hein et al. 2010, a espectroscopia no infravermelho próximo é uma técnica que fornece resultados rápidos exigindo pouco preparo dos materiais amostrados. Embora o uso da Espectroscopia NIR em produtos florestais venha crescendo nos últimos anos, ainda existem lacunas de conhecimento sobre essa técnica quando aplicada a madeira (PIGOZZO, 2011). Dentro desse contexto e considerando a singular necessidade de aprimoramento do processo de identificação de espécies florestais, a proposta do projeto de pesquisa busca lançar mão da espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) na tentativa de definir características e padrões representados em assinatura espectral, que sejam capazes de discriminar as 06 (seis) espécies florestais de ocorrência na Amazônia, a saber: Manilkara huberi (Ducke) Chevalier, Dinizia excelsa Ducke, Goupia glabra Albu., Hymenaea courbaril L., Micropholi melinoniana Pierre e a Copaifera sp. As amostras foram coletadas no município de Portel/PA, dentro da área do Projeto de Manejo Florestal da ABC Norte (Fazenda Pacajá), o preparo das amostras foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Produtos Florestais - LTPF/UFRA e o escaneamento será realizado no Laboratório de tecnologia de madeira de Lavras, UFLA.