Banca de DEFESA: UDSON DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : UDSON DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
DATA : 16/07/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala virtual no google meet
TÍTULO:

Tachigali vulgaris EM PLANTIOS HOMOGÊNEOS NA AMAZÔNIA: PARÂMETROS DE CRESCIMENTO, MADEIRA E CARVÃO VEGETAL PARA FINS ENERGÉTICOS

 


PALAVRAS-CHAVES:

Tachi branco. Floresta energética. Biomassa. Bifurcação.   


PÁGINAS: 103
RESUMO:

Apesar do destaque do setor florestal brasileiro, há forte dependência do setor por espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus. Nesse contexto, existe uma espécie arbórea cujo potencial para produção de carvão vegetal e lenha tem sido estudado, a Tachigali vulgaris, vulgarmente conhecida como tachi-branco, inclusive apontada como fonte de biomassa potencial para complementar a produção de madeira de espécies do gênero Eucalyptus. O objetivo deste trabalho foi avaliar se diferentes espaçamentos de plantio, o tipo de fuste e a idade afetam o crescimento e a qualidade da madeira e do carvão vegetal de T. vulgaris para fins energéticos. O estudo foi conduzido em área experimental de aproximadamente 6 ha, conduzida pela Embrapa Amazônia Oriental, na empresa Jari Celulose S.A., distrito de Monte Dourado, município de Almeirim, Pará. O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, composta por 3 blocos e 6 espaçamentos. Para cada espaçamento foram abatidas 3 árvores, com 3 repetições em cada bloco, totalizando 54 árvores amostradas. Foram avaliados parâmetros de crescimento e qualidade da madeira e do carvão vegetal. A análise de variância revelou não haver efeito significativo do espaçamento de plantio sobre o crescimento, aos 8 e 9 anos de idade, sendo registrados valores médios de 168,23 m3 ha-1 e 195,37 m3 ha-1, para o volume com casca, de 73,04 t ha-1 e 92,19 t ha-1, para a massa seca de madeira, de 133,38 t ha-1 e 172,13 t ha-1, para a massa de CO2 equivalente e de 32,18 tep ha-1 e 42,42 tep ha-1, para a produtividade energética. Para a densidade básica da madeira, aos 7 anos de idade, foi verificado efeito do espaçamento e tipo de fuste, com tendência de aumento em função do espaçamento (0,443 a 0,529 g cm-3) e redução nas árvores bifurcadas (0,478 g cm-3) em relação às árvores não bifurcadas (0,515 g cm-3), enquanto que aos 8,5 anos de idade só foi verificado efeito significativo do tipo de fuste, com valor médio de 0,523 g cm-3, para as árvores bifurcadas, e de 0,537 g cm-3, para as árvores não bifurcadas, e variação de 0,513 a 0,539 g cm-3 em função dos espaçamentos. A densidade relativa média à 12% de umidade, analisada pela densitometria de raios X, foi afetada apenas pela idade e apresentou valor médio de 0,699 g cm-3. O espaçamento de planto e tipo de fuste também não afetaram a relação cerne/alburno, os teores de materiais voláteis, de cinzas, de carbono fixo, de nitrogênio, carbono, hidrogênio, oxigênio, as relações H/C e N/C e o poder calorífico superior e inferior, cuja variação média foi de 1,38, 80,51%, 0,33%, 19,07%, 2,2%, 50,9%, 6,1%, 40,48%, 1,44, 0,37, 20,51 MJ/kg e 19,26 MJ/kg, respectivamente. Quanto à qualidade e produtividade do carvão vegetal, o espaçamento de plantio e o tipo de fuste tiveram efeito significativo para a densidade relativa aparente, cuja variação foi de 0,294 a 0,338 g cm-3, com valores de 0,316 g cm-3, para as árvores bifurcadas em comparação às árvores não bifurcadas (0,338 g cm-3), e para o consumo específico de madeira, cuja variação foi de 5,47 a 6,62 m3 de madeira/tonelada de carvão vegetal, e valores de 6,04 m3 de madeira/tonelada de carvão vegetal, em árvores bifurcadas, e de 5,51 m3 de madeira/tonelada de carvão vegetal, em árvores não bifurcadas. Já para os rendimentos gravimétricos em carvão vegetal, em líquido pirolenhoso e em gases não condensáveis, teores de materiais voláteis, de cinzas, de carbono fixo, poder calorífico, produtividade em massa de carvão vegetal e incremento médio anual em carvão vegetal não foram verificados efeitos de espaçamento e tipo de fuste, cujos valores médios foram de 32,27%, 46,55%, 18,18%, 26,23%, 1,22%, 72,6%, 30,19 MJ/kg, 25,69 t ha-1 e 3,37 t ha-1 ano-1, respectivamente. Devem ser adotados espaçamentos mais amplos visando ganhos em crescimento, produtividade e densidade básica, além de não comprometer os demais parâmetros da madeira e carvão vegetal, devendo ser evitadas árvores bifurcadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1134991 - THIAGO DE PAULA PROTASIO
Externo à Instituição - GUSTAVO HENRIQUE DENZIN TONOLI - UFLA
Externo à Instituição - LOURIVAL MARIN MENDES - UFLA
Externo à Instituição - MARIO TOMMASIELLO FILHO - USP
Notícia cadastrada em: 03/08/2020 08:56
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