FLUXOS DE CARBONO, ENERGIA E VAPOR D’ÁGUA EM UMA FLORESTA PRISTINA NA AMAZÔNIA ORIENTAL DURANTE EVENTO DE EL NINO.
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A necessidade de se compreender melhor o comportamento das florestas ante as alterações globais se dá pelo fato de que estes ecossistemas cobrem cerca de 30% da superfície continental da Terra (FAO, 2006), e são responsáveis por uma gama de benefícios, como por exemplo, estoque de carbono. Os efeitos das mudanças assumem aspectos positivos e negativos, como positivos tem-se o aumento do vigor decorrente do acréscimo nas concentrações de CO 2 atmosférico, aumento na eficiência do uso da água e períodos de crescimento mais longos, já os negativos têm-se a possibilidade de redução no crescimento devido ao estresse (térmico e hídrico) e aumento da mortalidade decorrente da combinação dos efeitos diretos do clima (Lloyde e Bunn, 2007).
De um modo geral, no balanço global do carbono, cerca de 60% das emissões por queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra é absorvido por oceanos e pela biota terrestre (Nobre e Nobre, 2002), o restante permanece na atmosfera contribuindo para o aumento do efeito estufa. E desta maneira, entender o papel das florestas nas trocas de CO 2 entre a biosfera e a atmosfera é de fundamental importância, já que podem funcionar como fonte ou sumidouro de carbono no ciclo global (Oliveira et al., 2014).