POTENCIAL DE PRODUÇÃO PARA PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS EM FLORESTAS PÚBLICAS DE USO SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA BRASILEIRA
Produtos florestais não madeireiros, florestas públicas, bioeconomia, empreendimentos florestais comunitários, Amazônia
As populações tradicionais da Amazônia constroem um sistema de produção complexo e integrado, com destaque para a comercialização de produtos florestais não madeireiros (PFNMs). Apesar da relevância socioeconômica e ambiental dessa atividade, ela enfrenta desafios como a falta de informações sobre as espécies e seus mercados, dificultando a organização e o planejamento da produção. Este estudo visa contribuir para o conhecimento do potencial produtivo de PFNM em florestas públicas de uso sustentável na Amazônia, subsidiando o desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis de bioeconomia por empreendimentos florestais comunitários. A pesquisa será realizada em florestas públicas federais e estaduais no Pará e que apresentam planos de manejo florestal aprovados. As espécies estudadas serão selecionadas a partir do levantamento em bases de dados socioeconômicos (CONAB, SEFA-PA, FAPESPA, IMAZON) e que apresentam mercado no estado do Pará. A revisão de literatura com foque nessas espécies será realizada para levantar informações ecológicas, produtivas e fitossociológicas. Com base nos dados de inventários florestais, serão processados indicadores como densidade, produção anual e distribuição espacial das espécies de PFNM. Para complementar as informações, serão aplicados questionários semiestruturados com as comunidades do entorno das florestas, visando obter informações sobre os produtos, os usos e o manejo dos PFNM. Os resultados da pesquisa fornecerão informações valiosas para o manejo florestal sustentável e o desenvolvimento de cadeias produtivas de PFNM na Amazônia. A valorização desses produtos pode gerar renda para as comunidades tradicionais, fortalecer a economia local e contribuir para a preservação da biodiversidade. A pesquisa também contribui para o debate sobre a regulamentação do uso dos PFNM, com foco na garantia de preços mínimos e na sustentabilidade da produção.