DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRODUÇÃO DE Attalea maripa (Aubl) Mart. (INAJÁ) ESPONTÂNEA DO BAIXO TOCANTINS
Variáveis morfoagronômicas, Semivariograma, Krigagem, dependência espacial
A Amazônia apresenta grande diversidade de espécies florestais dentre as quais merece destaque as palmeiras, pertencentes à família das Arecaceae, pois as mesmas discam-se na produção de óleo vegetal e como é de conhecimento que o mundo tem no petróleo a principal fonte de energia fóssil, a qual tem gerado grande passivo ambiental. Desse modo a busca de fontes energéticas alternativas, como a produção de biocombustível a partir de palmeiras nativas da Amazônia como a Attalea maripa (Aubl) Mart. (inajá), tornou-se necessário. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar a dinâmica espacial das variáveis morfoagronômica de produção da cultura do inajazeiro utilizando a geoestatística para caracterizar sua dinâmica espacial em uma área de crescimento espontâneo na região do Baixo Tocantins. Foram realizados os levantamentos na fazenda continental no município de Cametá, PA, sendo selecionada uma área de 10 ha para realização dos levantamentos das variáveis morfoagronômicas (NIM, NIF, NCA, NF, DAP, PMCA e PMF) em 100 palmeiras Attalea maripa (Aubl) Mart. (inajá) de crescimento espontâneo e em fase de produção. Realizaram-se avaliações no período de janeiro de 2014 a junho de 2014, verificando as variáveis. Foram elaborados os semivariogramas para cada variável estudada, que apresentaram um alcance de dependência espacial de 75 metros para NIM, NIF, PMCA e PMF, 80 metros para NF e DAP e 98 metros para NCA. Já a área de alcance encontrada foi de 17671,5 m² para as variáveis NIM, NIF, PMCA e PMF, 20106,2 m² para NF e DAP e 30171,9 m² para NCA. Para análise da distribuição espacial das variáveis estudas foi aplicado a geoestatística para modelagem dos semivariogramas e confecção dos mapas de krigagem. O modelo que melhor se ajustou a distribuição espacial das variáveis foi o modelo esférico, pois todas variáveis apresentaram coeficiente de determinação (R²) aceitável para técnica da geoestatística, variando de 0,57 a 0,99, o que justifica a distribuição agregada das variáveis na área estudada. O índice de Dependência Espacial (IDE) para as variáveis NIM e NIF foi de 0,49 e 0,31, respectivamente, que indica dependência espacial moderada. Para as variáveis NCA, NF, DAP e PMCA variaram de 0,17 a 0,22, resultando em dependência espacial fraca. Já a variável PMF apresentou IDE com valor 0,77, que segundo classificação proposta por Zimback (2001), considera dependência espacial forte (IDE>75%).