CO-INOCULATION OF SOYBEAN (Glycine max L. Merril) WITH BENEFICIAL MICROORGANISMS ISOLATED FROM THE AMAZON
Bacillus amyloliquefaciens, Bradyrhizobium, Glycine max, Trichoderma asperellum.
A necessidade de nitrogênio da soja é atendida pela simbiose com cepas elite de Bradyrhizobium, aplicadas através da inoculação de sementes durante a semeadura. Diversas pesquisas têm buscado potencializar os benefícios dessa associação através da coinoculação da soja com microrganismos benéficos. Adicionalmente, a Amazônia é reconhecida como um bioma rico em microrganismos com potenciais benefícios às plantas. Diante disso, buscamos explorar as possibilidades de uso de microrganismos benéficos isolados da Amazônia em coinoculação da soja. Estudos de campo e casa de vegetação foram conduzidos durante os anos de 2020 e 2021 nos municípios de Paragominas e Belém, no estado do Pará. O desenho foi em Delineamento Inteiramente Casualizado em casa de vegetação e em Blocos Casualizados para experimentos de campo, ambos com esquemas fatoriais de 3 × 2. O primeiro fator foi composto pela coinoculação com Trichoderma asperellum e Bacillus amyloliquefaciens, mais inoculação padrão comBradyrhizobium. O segundo fator foi representado pela adubação com fonte fosfatada (0 e 100 kg ha-1 de P2O5). Avaliamos parâmetros de crescimento, nutrição foliar, sistema radicular, nodulação, rendimento e rentabilidade. O volume radicular das plantas foi 25% e 17% superior a inoculação padrão para T. Asperellum e B. amyloliquefaciens, respectivamente. Em 2020, a coinoculação com T. asperellum aumentou o rendimento em 15%, a altura da planta em 27% e o lucro líquido em até 121 dólares americanos (USD), em comparação com a inoculação padrão. Em 2021, houve aumentos de 7% e 13% no rendimento, 18% e 7% no número de vagens, 11% e 2% nos ramos reprodutivos, 8% e 4% na altura das plantas, e 159 USD e 309 USD no lucro líquido em relação à inoculação padrão, respectivamente para T. asperellum e B. amyloliquefaciens. Nossos resultados indicaram que o uso de microorganismos regionalizados, como foi o caso dos isolados da Amazônia, utilizados na coinoculação da soja, pode trazer grandes benefícios em produtividade e rentabilidade, ampliando as possibilidades de prospecção da biodiversidade local, mesmo que para o uso de culturas exóticas.