Banca de DEFESA: MARCUS JOSE ALVES DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS JOSE ALVES DE LIMA
DATA: 07/07/2016
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DA PÓS GRADUAÇÃO
TÍTULO:

USO DO CROPGRO-SOYBEAN COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DE RISCO AGROCLIMÁTICO DA SOJA NO ESTADO DO PARÁ

PALAVRAS-CHAVES:

Glycine max. ENOS. DSSAT. Janela de semeadura. Quebra de rendimento. Previsão de rendimento.

PÁGINAS: 42
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Agrometeorologia
RESUMO:

A expansão, acelerada, da soja ao norte do Brasil tem intensificado a utilização de pacotes tecnológicos sem estudos de viabilidade apropriados, deixando a atividade agrícola muito mais ariscada, à medida que os produtores desenvolvem seus próprios testes, adotando critérios e metodologias distintas. Neste contexto, o objetivo geral deste estudo foi ajustar um modelo de simulação de crescimento, desenvolvimento e rendimento de grão de soja, as condições de solo e clima da Amazônia, para utilizá-lo como ferramenta de análise de risco climático e planejamento agrícola, buscando acelerar, de forma efetiva, o processo de geração de informação tecnológica no estado do Pará. Desta forma, esta tese foi dividida em dois capítulos, contemplando objetivos específicos pouco explorados nas regiões produtoras de soja deste estado: O capítulo 1 tratou da calibração e avaliação do modelo, CROPGRO-Soybean, quanto às estimativas de crescimento, desenvolvimento e produtividade da soja nas condições edafoclimáticas de Paragominas, Pará. Bem como, sua aplicação em simulações de longo período para avaliar o efeito da variabilidade climática, associada ao fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS), no rendimento da soja cultivada nos três principais pólos sojícola do Pará, ajustando janelas ótimas de semeadura (JOS) para cada local e fase ENOS. No capítulo 2, o modelo CROPGRO-Soybean, devidamente calibrado, foi utilizado como ferramenta para analisar o sistema de cultivo da soja com o ambiente de produção amazônico em Paragominas, principal pólo sojícula do Pará, identificando períodos críticos e favoráveis ao ótimo desenvolvimento da cultura, bem como o número de dias antes da colheita, a partir do qual, a previsão de rendimento torna-se confiável. Os resultados do primeiro capítulo mostraram que a duração da JOS foi diferente para os diferentes locais e diferentes fases ENOS, sendo menor em anos de El Niño e maior em anos de La Niña. No segundo capítulo as simulações indicaram o período entre 01 de janeiro e 15 de fevereiro como a melhor época de semeadura da soja em Paragominas, por ter apresentado quebra de rendimento médio inferior a 20%, probabilidade superior a 90% para rendimentos acima de 3500 kg ha^-1, e baixo risco de ocorrência de chuva na época da colheita. O modelo também se mostrou viável como ferramenta de previsão de rendimento, apresentando uma estimativa confiável, 30 dias antes da colheita. Acreditamos que estes resultados, assim como a metodologia empregada neste estudo será de grande valia para produtores, pesquisadores e tomadores de decisão política voltados ao desenvolvimento agrícola da região amazônica

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1356961 - PAULO JORGE DE OLIVEIRA PONTE DE SOUZA
Externo à Instituição - ALESSANDRO CARIOCA DE ARAÚJO - EMBRAPA
Externo à Instituição - LUCIETA GUERREIRO MARTORANO - EMBRAPA
Externo à Instituição - EDSON JOSE PAULINO DA ROCHA - UFPA
Externo à Instituição - EVERALDO BARREIRO DE SOUZA - UFPA