Óxido nítrico como atenuador da toxicidade de cobre na emergência, crescimento inicial, nutricional e parâmetros ecofisiológicos em milho (Zea mays L.)
Poácea. Fitotoxicidade. Metal pesado.
O trabalho avaliou o efeito do óxido nítrico (NO) como atenuador da toxicidade de cobre na emergência, crescimento inicial, nutricional e parâmetros ecofisiológicos em milho (Zea mays L.). O primeiro experimento foi conduzido no laboratório de sementes do EBPS (UFRA/Campus Belém), o delineamento consistiu em delineamento inteiramente casualizado em fatorial 4 x 3, com 12 tratamentos e 8 repetições, totalizando 96 bandejas contendo 25 sementes por repetição. As sementes da variedade K9606VIP3 foram embebidas por 48horas em papel Germitest com solução contendo nitroprussiato de sódio Na2[Fe (CN)5 NO]2H2O (0, 75 e 150 µM), como doador do NO, ferrocianeto de sódio Na4Fe(CN)6 (0, 75 e 150 µM) como compensador e água deionizada (controle). A emergência foi influenciada negativamente pelas concentrações de cobre que promoveram um aumento no percentual de plântulas anormais, redução no coeficiente de velocidade de emergência e maior tempo médio de emergência. A dosagem de 200 µM de cobre proporcionou menor massa seca da raiz e aumento de prolina nas raízes. O NO amenizou o efeito da toxidez de cobre em relação a massa seca da parte aérea. Houve acúmulo de cobre nas raízes, alterando o equilíbrio mineral na mobilização de macro e micronutrientes catiônicos e na translocação destes para a parte aérea. O segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação. As sementes de milho foram embebidas por 48 horas em papel Germitest com solução contendo nitroprussiato de sódio Na2[Fe (CN)5 NO]2H2O (0, 200 e 300 µM), ferrocianeto de sódio Na4Fe(CN)6 (0, 200 e 300 µM) e água deionizada. As sementes foram semeadas em baldes com 15kg de solo contendo concentrações de cobre CuSO4.5H2O (0, 60 e 200 mg kg-1) incubados por 50 dias. O delineamento consistiu em blocos casualizados, com 12 tratamentos e 4 repetições, totalizando 48 plantas. Os dados foram submetidos a ANOVA, utilizando o teste de Tukey a 5% usando o SISVAR. Não houve efeito dos tratamentos na altura, área foliar, número de folhas, observando aumento no diâmetro do colmo. Não houve efeito dos tratamentos no teor de clorofila medido pelo índice SPAD e nas trocas gasosas. As variáveis da fluorescência da clorofila a indicam que a concentração de 200 mg kg-1 de cobre proporcionou danos na estrutura dos complexos do centro de reação do PS II evidenciando que as dosagens de NO não foram suficientes para atenuar a toxicidade por cobre em milho da variedade K9606VIP3.