Resistência de cultivares de Glycine max a Bemisia tabaci (Gennadius., 1889) (Hemiptera: Aleyrodidae)
Infestação, manejo integrado, mosca – branca.
Dentre os fatores que podem afetar a produtividade da soja, destaca-se o ataque de Bemisia tabaci (Gennadius, 1889) biótipo B. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a resistência de Glycine max em condições de campo e laboratório. O experimento de campo nas safras de 2015 a 2018 foram conduzidos na área do núcleo de apoio de transferência de tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental em conjunto com Universidade Federal Rural da Amazônia, campus de Paragominas e o experimento de laboratório conduzido no Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O levantamento da dinâmica populacional de B. tabaci e sua correlação com fatores abióticos em campo foram realizados pela contagem do número de ovos, ninfas e adultos em sete cultivares de soja nas quatro safras e atrav da coleta de dados climáticos na estação meteorológica da Embrapa Amazônia Oriental. Testes de antibiose, antixenose e tolerância foram realizados em laboratório para identificar os tipos de resistência, sendo avaliados cinco cultivares de Glycine max. De acordo com os dados obtidos pode-se concluir que em campo a cultivar SYN 1183 obteve maior infestação de B. tabaci, diferindo da cultivar M 8644 IPRO que foi menos infestada. A maior incidência de ovos e ninfas de B. tabaci ocorreu nos estágios vegetativos iniciais da cultura da soja e as diferentes correlações atestadas entre os fatores abióticos e infestação de B. tabaci indicam que não somente o fator, mas as variações nos fatores entre as safras influenciam a dinâmica populacional do inseto em campo. Em laboratório a cultivar M 8644 IPRO apresenta resistência do tipo antixenose, antibiose, sendo também atribuído a essa cultivar tolerância nas variáveis da planta como: altura e número de folhas e a cultivar M 8210 IPRO possui resistência do tipo antibiose.