DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DO AMARELECIMENTO FATAL EM PLANTIO ORGÂNICO DE PALMA DE ÓLEO, ACARÁ - PARÁ
Eleais guineensis; Semivariograma; Epidemiologia; evolução temporal.
A palma de óleo é uma importante fonte de óleo vegetal para a indústria mundial. Representa uma das melhores alternativas para reduzir o consumo de combustíveis fosseis e um dos mais importantes insumos para a indústria de alimentos. Na América Latina os plantios de palma de óleo sofrem com a incidência do amarelecimento fatal (AF). A doença é o principal problema fitossanitário em países como: Colômbia, Suriname e Brasil. No Brasil o principal produtor de palma de óleo é o Estado do Pará. Ao longo dos últimos 26 anos diversas pesquisas foram feitas para identificar a origem do problema, mas sem sucesso. Existe a necessidade de elaborar estratégias de controle para o AF com base no processo de dispersão da doença. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição espacial e temporal do amarelecimento fatal em plantio orgânico de palma de óleo, no município de Acará-PA. O trabalho foi realizado durante o período de 2012-2013, sendo avaliadas plantas em cinco parcelas, anotando-se um (1) para a presença da doença e zero (0) ausência. As plantas foram georeferenciadas para elaboração de mapas da distribuição da doença. Os resultados foram analisados através de teste de “ordinary runs”, “dublets” e quadrantes. A análise geoestatistica também foi utilizada, bem como a modelagem do processo de dispersão temporal, com ajuste de modelos matemáticos. O estudo evidenciou que a doença ocorre de forma não aleatória em 30% dos casos. A análise geoestatistica indica que o AF possui agregação moderada, sendo o modelo esférico o de melhor ajuste. O raio de alcance foi de 250 metros. A evolução temporal da doença ajustou-se ao modelo monomolecular. O estudo contribui para o entendimento do processo de dispersão da doença na fase inicial, em plantio orgânico.