Banca de DEFESA: DENIS DE PINHO SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DENIS DE PINHO SOUSA
DATA : 31/07/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Auditorio da Pos graduação
TÍTULO:

BALANÇO DE ENERGIA E NECESSIDADES TÉRMO-HÍDRICAS DO AÇAIZEIRO IRRIGADO NO NORDESTE PARAENSE.

PALAVRAS-CHAVES:

Euterpe Oleracae Mart., temperaturas cardinais, graus-dia, balanço de energia, razão de Bowen, evapotranspiração.

PÁGINAS: 85
RESUMO:

A valorização econômica e a crescente demanda pelos produtos oriundos do açaizeiro promove desde a década de 90 a expansão de seu cultivo para áreas de terra firme, entretanto, diversos gargalos foram criados durante o processo de expansão da cultura, dentre os quais destaca-se as necessidades térmica e hídrica, bem como as possíveis alterações no balanço de energia em decorrência da mudança do uso da terra para plantio do açaizeiro. Para elucidar estes entraves, foi realizado experimento no município de Capitão Poço em um plantio de açaí de 10 hectares entre os anos de 2017 e 2019, onde foi instalada e instrumentada uma torre micrometeorológica no centro da área experimental para o monitoramento de variáveis meteorológicas. Avaliou-se as temperaturas basais superiores e inferiores através do método dos graus-dias, bem como as durações e a necessidade térmica para os diferentes estádios fenológicos. O balanço de energia foi obtido através do método da razão de Bowen e a energia disponível foi particionada em fluxos de calor no solo, de calor sensível, de calor latente e de fluxo armazenado no dossel vegetal. As temperaturas basais variaram ao longo do ciclo, sendo o estádio de floração o mais sensível com amplitude térmica entre Tb e TB de 18,73 °C. A duração total do ciclo foi de 316 dias com necessidade térmica total de 4545,98 graus-dias. A teoria dos graus-dias evidencia ser um método eficiente na simulação fenológica com erros de estimativa de no máximo 11,89% para o ciclo da cultura. No plantio de açaí a energia disponível particiona-se em média de 67% para evapotranspiração, 29% para aquecer o ar e 4% para aquecer o solo. O efeito do calor armazenado no dossel do açaizeiro é irrelevante por representar apenas 0,16% da energia disponível. A expansão dos açaizais para áreas de terra firme promoveu a alteração na partição dos fluxos de energia, quando comparado ao padrão já conhecido dos fluxos de uma floresta nativa. Observou-se que o açaizeiro apresenta variação no consumo hídrico durante todo o ciclo, com média diária de 3,48 mm dia^-1 e consumo médio total de 1064,85 mm, já o Kc do açaí é máximo durante o estádio de fruto verde, quando se tem o crescimento dos frutos e mínimo durante a pré-floração. Os resultados obtidos nesta pesquisa servem para guiar a utilização dos recursos hídricos pelo açaizeiro, criando condições para o manejo sustentável dos recursos naturais da água e solo.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1356961 - PAULO JORGE DE OLIVEIRA PONTE DE SOUZA
Interno - 409.920.632-72 - ALESSANDRO CARIOCA DE ARAÚJO - UFRA
Externo à Instituição - CLAUDIO JOSE REIS DE CARVALHO - EMBRAPA
Externo à Instituição - HILDO GIUSEPPE GARCIA CALDAS NUNES - MPEG
Externo à Instituição - VIVIAN DIELLY DA SILVA FARIAS - UFPA