SULFATO DE AMÔNIO COMO FONTE DE ENXOFRE NO CULTIVO DE SOJA (Glycine max L.) EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO COM BRACHIARIA RUSISIENSIS E EM PLANTIO CONVENCIONAL
Adubação sulfatada; nutrição de soja; Latossolo Amarelo
A soja (Glycine max) é uma espécie oriunda do leste asiático com cerca de 2800 anos a.C, pertencente à família Fabaceae (leguminosa). Possui sistema radicular bem desenvolvido e nodulado. No Brasil a soja é uma das culturas mais importantes entre as cultivadas em larga escala. A partir da segunda década do século XX, o teor de óleo e proteína do grão começa a despertar o interesse das indústrias mundiais. Assim, para obtenção de elevada produtividade, faz-se necessário o manejo adequado da fertilidade do solo. A cultura da soja exige quantidades elevadas de enxofre (S), considerado como um elemento químico essencial ao desenvolvimento desta planta, porém é um dos nutrientes que vem recebendo pouca atenção em estudos de fertilidade do solo. Na cultura da soja, o enxofre é requisitado na mesma ordem de grandeza que os nutrientes fósforo e magnésio, sendo exigidos aproximadamente 10 kg de enxofre para cada 1.000 quilos de grãos produzidos. No Sistema de Plantio Direto com o uso de espécies forrageiras como as do gênero Brachiaria para a formação de palhada, vem despertando o interesse de agricultores e pesquisadores, pois as vantagens são visíveis com a redução no uso de insumos químicos e controle dos processos erosivos, uma vez que a infiltração da água se torna mais lenta pela permanente cobertura no solo e proporcionar a ciclagem de nutrientes após a colheita da cultura anual, além de apresentar alta relação C/N, o que retarda sua decomposição e aumenta a possibilidade de utilização em regiões mais quentes. Sob sistema de plantio direto, é de se esperar que ocorram variações em relação à dinâmica de enxofre, pois com o não revolvimento do solo, a tendência é o enxofre solúvel migrar para a camada subsuperficial