DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE Bemisia tabaci (Gennadius,1889) (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) BIÓTIPO B NA SOJA NA MICRORREGIÃO DE PARAGOMINAS-PA
Geoestatística, Infestação, Semivariograma, Krigagem.
A soja é uma cultura de grande importância no cenário mundial e nacional, responsável por grande parte da alimentação animal e humana, além de possuir um grande potencial para a fabricação de combustível como o biodiesel. Entretanto existe vários fatores que interferem de forma negativa para uma boa produção desse vegetal, entre eles os danos causados por insetos, onde uns dos principais é a mosca-branca. Esse trabalho teve como objetivo avaliar e observar a infestação de mosca-branca e a distribuição espaço-temporal do inseto no seus estágios de desenvolvimento (ovo, ninfa e adulto). O experimento foi avaliado em três safras consecutivas, 2015, 2016 e 2017. O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas (20 parcelas x 11 avaliações x 4 blocos), correspondendo a avaliação da infestação de 20 cultivares de soja e 11 datas de amostragens aos 07, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70 e 77 dias após a emergência (DAE) e foi avaliado a distribuição do inseto na área de acordo com o número de infestação e as variáveis climáticas. Para as análises dos dados foi feita a variância (ANOVA) pelo teste F (Fisher), sendo as médias, quando diferiram significativamente entre si, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. E para as análises de geoestatística utilizou-se o programa SUFFER 7.0. O estágio de desenvolvimento ano de 2015 que apresenta uma maior preferência pela mosca-branca foi o de 56 dias após a emergência. No ano de 2016, aos 14 e 21 dias após a emergência das plantas, foram os períodos mais favoráveis para o desenvolvimento da B. tabaci biótipo B. No geral, na safra de 2017, as maiores populações nos estádios de desenvolvimento do inseto foram encontradas aos 07, 14, 21 e 28 DAE. A infestação de B. tabaci mostrou que só houve resultados significativos nas correlação (positiva) no ano de 2016 avaliando a infestação de ninfas de mosca-branca com precipitação pluviométrica, infestação de ovos com precipitação pluviométrica e infestação de ovos com temperatura mínima. A distribuição espacial se deu, predominantemente, em agrupamentos com dependência espacial descrita pelos modelos exponencial e esférico. Esses resultados mostraram que o estádio de desenvolvimento da planta e da B. tabaci interfere na população e infestação da mesma na soja.