Banca de DEFESA: ANGELO CLEITON DA COSTA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANGELO CLEITON DA COSTA PEREIRA
DATA : 28/06/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PgAgro-UFRA
TÍTULO:

Bactérias endofíticas Pseudomonas de Piper tuberculatum promovem o crescimento e desenvolvimento em plantas de Piper nigrum

PALAVRAS-CHAVES:

Análises morfofisiológicas. Nutrição vegetal. Bactéria endofítica. Pimenteira-do-reino. Pseudomonas

PÁGINAS: 50
RESUMO:

A pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.), pertencente à família Piperaceae, é a especiaria mais importante e difundida no mundo. Esta cultura é originária do sul da Índia e hoje é extensivamente produzida nas regiões tropicais. O Brasil é um dos mais importantes produtores de pimenta-do-reino, sendo o Estado do Pará o principal produtor nacional, responsável por aproximadamente 66% dessa produção. No entanto, a produção brasileira de pimenta-do-reino vem declinando drasticamente, em 47,28% de 2006 a 2014. Esse fato está ligado principalmente a doença causada pelo fungo Fusarium solani f. sp. piperis, que provoca a fusariose, que tem causado sérios prejuízos na produção de pimenta-do-reino na região amazônica. Enquanto as cultivares de pimenteira-do-reino são susceptíveis a esta doença, algumas piperáceas de ocorrência na região amazônica apresentaram resistência à infecção pelo patógeno. Entre estas, na espécie Piper tuberculatum Jacq., conhecida com pimenta de macaco, foram identificadas bactérias endofíticas do gênero Pseudomonas, isolados Pt12 e Pt13 (Pseudomonas putida e Pseudomonas sp., respectivamente) que inibiram o crescimento do F. solani f. sp. piperis em condições in vitro em 38,96% e 55,31%, respectivamente. Sabendo-se que as bactérias endofíticas colonizam os tecidos internos das plantas e podem impactar positivamente no crescimento e no desenvolvimento do seu hospedeiro, o objetivo principal deste trabalho foi estudar a interação da pimenteira-do-reino com bactérias Pt12 e Pt13, para verificar se esses endófitos podem atuar sobre a planta por meio de alterações fisiológicas e otimizando a absorção de nutrientes do solo, contribuindo, desta forma, para a promoção do crescimento e desenvolvimento vegetal. Sendo assim, buscou-se avaliar as plantas inoculadas com as bactérias Pt12 e Pt13 em termos morfofisiológicos e de biomassa. Nos ensaios para avaliar os parâmetros morfofisiológicos e de crescimento as plantas foram inoculadas apenas com o isolado Pt13, onde foi observada influência positiva e significativa nos parâmetros fisiológicos das plantas inoculadas, como trocas gasosas e clorofila total. O crescimento e a biomassa seca neste ensaio, também, foram influenciados pela interação, onde foi observado incremento da massa seca da raiz, expansão da área foliar e área foliar específica em plantas inoculadas em comparação com as plantas controle. Em outro ensaio, as plantas de pimenteira-do-reino foram submetidas a três níveis de inoculação: plantas inoculadas com Pt12, plantas inoculadas com Pt13 e plantas não inoculadas, associando estes grupos a diferentes fontes de fósforo (Arad, superfosfato simples e superfosfato triplo e um controle sem adição de fósforo), compondo um fatorial 3x4x5 (3 níveis de inoculação x 4 tratamentos com fósforo x 5 repetições). Foi observado pelo modelo do efeito linear misto uma interação entre os níveis de inoculação das plantas e os tratamentos com fósforo. Os resultados mostraram diferenças significativas entre todos os níveis de inoculação das plantas para todas as variáveis estudadas (altura, diâmetro do caule, número de folhas, área foliar, área foliar específica, massa seca da parte aérea, da raiz e total), com exceção da razão raiz parte aérea. Com relação aos tratamentos com fósforo, somente para o diâmetro do caule não foram observadas diferenças significativas. Estes resultados mostram que as bactérias endofíticas do gênero Pseudomonas isolados Pt12 e Pt13, apresentam potencial para promoção do crescimento em plantas de pimenteira-do-reino, por meio do melhoramento nos processos fisiológicos e do crescimento e desenvolvimento, facilitando a absorção de nutrientes para esta espécie vegetal.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 409.858.651-72 - CLAUDIA REGINA BATISTA DE SOUZA - UFPA
Externo ao Programa - 2935820 - ALINE MEDEIROS LIMA
Externo à Instituição - WALTER VELLASCO DUARTE SILVESTRE - UFRA
Externo à Instituição - ROBERTO LISBOA CUNHA - EMBRAPA
Externo à Instituição - MARCELO MURAD MAGALHÃES - EMBRAPA