IMPACTO NA PRODUÇÃO DA COCOICULTURA APÓS ATAQUE DE Aceria guerreronis (KEIFER) (ACARI: ERIOPHYIDAE), NO MUNICÍPIO DE MOJU, PARÁ
ácaro da necrose; severidade de dano; nota de dano; graus de resistência.
O uso variado do coqueiro permite que ele seja de grande relevância para o mercado internacional e principalmente para os países produtores. O ácaro da necrose (Aceria guerreronis) (Acari: Eriophyidae), é uma das principais pragas do coqueiro, pois os danos provocados aos frutos contribuem para a redução do tamanho, albúmen líquido e sólido e valor comercial dos frutos. Objetivou-se neste estudo analisar as perdas do rendimento nos frutos, das seguintes variáveis: albúmens sólido (polpa) e líquido (água), amêndoa, fibra, e endocarpo; identificar as notas de danos e a severidade dos danos em 6 híbridos comerciais mais utilizados; realizar análise econômica das perdas e correlacionar os rendimentos com os níveis de ataque do ácaro. O experimento foi realizado em áreas comerciais da empresa SOCOCO® Ltda, no município de Moju, Pará, durante 5 meses, em frutos de coco seco, ponto de colheita. Os híbridos avaliados foram: PB121, PB111, PB141, PB 123, PB 132 e PB113. O delineamento foi em blocos casualizados. Para a quantificação de frutos e determinação do percentual do índice de severidade em cada nível de ataque foi adotada escala visual de notas de 1 a 3. A quantificação das perdas na produção foi através da pesagem dos frutos. A análise econômica baseou-se nos custos de produção obtidos na empresa, relacionando-os com as perdas para as varáveis consideradas as mais importantes, como: albúmen sólido, água e fibra com a nota de dano causado pelo ácaro. Os resultados demonstraram que os híbridos possuem severidades e notas de dano diferentes ao longo dos meses avaliados. As maiores perdas de massa registradas foram para os híbridos PB 132 e PB 113, com aproximadamente 39% de perda de albúmen. Redução de fibra de 26% para PB 123 e de 28% para o PB 111. Água, para os híbridos PB 132 e PB 111, com 61% de perda. A maior perda econômica foi para a produção de albúmen sólido, com registro de até R$ 2.925,00 na tonelada.