Variabilidade espacial de atributos físicos do solo e características da forragem em pastagem cultivada na Amazônia Oriental
Bubalinos, compactação do solo, geoestatística, Panicum maximum (Jacq.) cv. Mombaça.
O manejo intensivo e inadequado das pastagens ao longo dos anos implica em condições desfavoráveis à qualidade e estruturação do solo e consequentemente na oferta de forragem ao animal. Atualmente têm-se adotado a zootecnia de precisão com adoção da geoestatística como ferramenta no auxílio do estudo dessas alterações para obtenção de uma pecuária mais rentável. Objetivou-se avaliar a variabilidade espacial de atributos do solo e as características da forragem em pastagem cultivada sob sistema rotacionado na Amazônia Oriental. O estudo foi realizado no município de Parauapebas, região Sudeste do Pará, em pastagem cultivado com forrageira Panicum maximum (Jacq.) cv. Mombaça, em sistema de pastejo rotacionado com búfalas, implantada há cinco anos. Para coleta dos dados foi instalada uma malha regular de pontos georreferenciados com espaçamento de 10 x 10 m, totalizando 392 pontos distribuídos em 34.300 m2. Os atributos do solo foram avaliados na profundidade de 0-0,4m subdividida em quatro camadas de 0,01 m. A variáveis avaliadas foram: resistência mecânica do solo à penetração (RMSP), teor de água no solo (TAS) e potencial hidrogeniônico (pH) do solo, altura da forragem (AF), número de perfilhos (NP) e índice de área foliar (IAF). Concluiu-se que a RMSP e o TAS apresentaram estrutura de dependência espacial de moderada a forte e ajustando-se aos modelos, em sua maioria, Exponencial e Esférico. No critério da dependência espacial o NP apresentou dependência predominantemente forte e ajuste ao modelo gaussiano. Nos pontos com maiores valores de RMSP houve maior TAS e predominância do pH 6, não influenciando na AF, IAF e NP.