CARACTERIZAÇÃO GEOESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DO RAIO DE INFECÇÃO DO AMARELECIMENTO FATAL EM PALMA DE ÓLEO NA AMAZÔNIA ORIENTAL
variabilidade espacial, Elaeis guineensis e krigagem
A palma de óleo é uma importante fonte de óleo vegetal para a indústria mundial sendo a mais produzida atualmente no mundo todo. Os plantios de palma de óleo no Brasil, principalmente os maiores plantios localizados no estado do Pará, sofrem com a incidência do amarelecimento fatal (AF). O presente trabalho tem por objetivo utilizar a geoestatística como ferramenta para a determinação do raio de infestação do Amarelecimento Fatal em plantio de palma de óleo orgânica na Amazônia Oriental. A área experimental se localiza no município do Acará (PA), em plantio de palma de óleo pertencente a empresa AGROPALMA/SA. Para realização do estudo selecionou-se 15 parcelas de palma de óleo. As amostragens das plantas foram realizadas por funcionários da empresa, que mensalmente cada planta da área de estudo era visitada pelo menos uma vez. A partir dessas informações cada uma destas plantas foi considerada um ponto amostral, no qual se obteve o valor da variável binária, 1 (um) para planta infectada com o Amarelecimento Fatal e 0 (zero) para planta com ausência dessa doença, e a partir do georreferenciamento das plantas se obteve as coordenadas (latitude e longitude) para gerar as variáveis regionalizadas utilizadas na geoestatística. Então, a partir dessas variáveis foi analisada a variabilidade espacial através de análises geoestatísticas baseadas em técnicas de modelagem construídas a partir dos semivariogramas experimentais, sendo testados aos modelos matemáticos, esférico, gaussiano, exponencial, linear e aleatório (efeito pepita puro). A partir dos semivariogramas obtidos estes foram submetidos ao estimador da krigagem para confecção dos mapas de distribuição espacial da infecção do Amarelecimento Fatal no plantio. A geoestatística se mostra como ferramenta promissora para avaliar a dispersão da infecção do Amarelecimento Fatal na área de plantio. Os modelos que melhor se ajustaram aos semivariogramas obtidos no estudo foram: o esférico, o gaussiano e o exponencial, visto que são estes que melhor se ajustam para fenômenos de cunho biológico. Os resultados do raio de infecção indicam a área que a partir do foco da doença os produtores devem se atentar para estudo ou controle da mesma, visto que com o passar do tempo pode ocorrer disseminação da mesma para outras plantas de palma de óleo.