POTENCIAL BIOESTIMULANTE DE Trichoderma spp. NA CULTURA DO JAMBU
Acmella oleracea; Acmella ciliata; bioestimulante; planta da dor de dente; sistema de cultivo; bioestimulação; promoção de crescimento; metabolismo secundário; Amazônia.
O jambu é uma hortaliça folhosa com enorme versatilidade de uso, exibindo potencial tanto para alimentação in natura quanto para exploração industrial, em razão da biossíntese de metabólitos. No entanto, sua produtividade varia de acordo com o tipo de manejo adotado no ambiente de cultivo. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial bioestimulante de Trichoderma spp. na promoção de crescimento, produtividade e concentração de espilantol em variedades locais de jambu. Para isso, foi realizado experimento dividido em dois ensaios, onde no ensaio I foi realizado a caracterização das mudas bioestimuladas e não bioestimuladas. No segundo ensaio, as mudas foram transplantadas em casa-de-vegetação, adotando delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3x4+3, com quatro repetições, sendo o primeiro fator composto pelas variedades de jambu e o segundo pelos bioestimulantes, com três adicionais, sem inoculação. Na fase de mudas avaliamos altura de planta, diâmetro do coleto e número de folhas. Em campo foi avaliado os dias para o florescimento, parâmetros fisiológicos, desenvolvimento vegetativo, produção de biomassa e concentração de espilantol. O tratamento Jamb03-MIX foi agrupado separadamente, devido as respostas para altura e diâmetro do coleto das mudas. Os parâmetros fisiológicos foram superiores em Jamb-16, sendo a abertura estomática nesta variedade influenciada pela inoculação. Houve precocidade de florescimento em plantas de Jamb-17 bioestimuladas com MIX. As características de crescimento e produção de biomassa da parte aérea foram superiores nos tratamentos Jamb16-IBLF006 e Jamb16-MIX, influenciando no agrupamento. A análise de componentes principais separou Jamb-03 com base nas produtividades de inflorescências e concentração interna de CO2. Jamb03-MIX teve produção de inflorescências superior às demais variedades bioestimuladas com MIX. A concentração de espilantol nas inflorescências de Jamb17-MIX foi superior ao adicional. Por outro lado, as respostas de espilantol em Jamb-03 e Jamb-16 foram reguladas por fatores intrínsecos da variedade. Logo, constatamos que a inoculação de Trichoderma spp. em jambu pode promover o desenvolvimento de mudas mais vigorosas, com precocidade de florescimento em campo, acúmulo de biomassa, e modulação na biossíntese de espilantol. Entretanto, os resultados são condicionados pela especificidade da interação.