SOCIOECONOMIA E CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE CASAS DE FARINHA DE AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO BRAGANTINA, NORDESTE PARAENSE
Agricultura familiar, Agroindústria rural, Farinha de mandioca, Análise socioeconômica, Amazônia.
A partir da raiz da mandioca são produzidas: as farinhas seca, d'água e mista; a goma ou fécula; o tucupi e a farinha de tapioca. Porém, muitos são os problemas enfrentados em sua fabricação, os principais: as precárias instalações das tradicionais “casas de farinha” e a falta de padronização do produto. Apesar dos produtores rurais terem o conhecimento prático e cultural da fabricação da farinha de mandioca, a maioria desconhece ou não leva em consideração alguns cuidados que proporcionam o aumento do rendimento e a melhoria da qualidade do produto. Torna-se necessário, então, alertar para a garantia da qualidade higiênico sanitária deste produto, aplicando os conceitos básicos de Boas Práticas de Fabricação. O presente estudo visa analisar o perfil socioeconômico e a sustentabilidade das unidades produtivas de farinha de mandioca, além de verificar a sua adequação à legislação vigente de produtos artesanais da ADEPARÁ. A área estudada será na região Bragantina do Estado do Pará, compreendendo os municípios: Augusto Correa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu. Serão levantadas informações, via questionário in loco, nos registros da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ), na Cooperativa Mista de Agricultores Familiares dos Caetés (Coomac) e nos escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER), sobre o quantitativo das unidades de produção de farinha. A avaliação da aplicabilidade da legislação vigente será analisada, sendo confrontada de acordo com os resultados obtidos. Espera-se que os resultados desta pesquisa, possam aumentar o patamar de adequação das unidades produtivas de farinha e ampliar as oportunidades de mercado formal e renda para milhares de famílias.