Respostas fisiológicas e bioquímicas em mudas de palma de óleo bioestimuladas com microrganismos e submetidas ao déficit hídrico.
Palavras-chaves: Eficiência fotossintética, Promotores e Produção de mudas.
A Palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.) dentre as culturas oleaginosas, é a mais produtiva do mundo, se destacando na produção de óleo de alto valor econômico. A produção de mudas necessita de longo período de viveiro e o suprimento hídrico é essencial nessa fase pois é o principal fator limitante na qualidade das mudas. No entanto, há estudos que mostram que a tecnologia microbiana (fungos e bactérias), é eficaz em promover o crescimento e mitigar os efeitos negativos do déficit hídrico. O estudo foi composto em dois capítulos, sendo o capítulo 1 com a seguinte hipótese de que os microrganismos alteram a performance fotossintética para promover o crescimento das mudas de Palma de óleo. O objetivo desse capítulo foi avaliar a biometria, acúmulo de biomassa, trocas gasosas e fluorescência da clorofila a em folhas de mudas de palma de óleo inoculadas com microrganismos. O experimento foi realizado em casa de vegetação no delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos, sendo composto pela inoculação de quatro microrganismo (UFRABA01, UFRABA124, FT12, MIX de fungos) e controle (sem inoculação) com cinco repetições por tratamento. A inoculação dos microrganismos promoveu o crescimento das mudas de palma de óleo. A altura, diâmetro do coleto, número de folhas, área foliar, comprimento de raiz e clorofilas totais aumentaram em média de 37%, 49%, 16%, 223%, 63% e 15%, respectivamente, nas mudas inoculadas em relação as mudas controle. A massa seca folhas, da parte aérea, da raiz e totais aumentaram em média de 214%, 228%, 213%, 71%, respectivamente, nas mudas inoculadas em comparação as mudas controle. A fotossíntese líquida, condutância estomática e transpiração aumentam em média de 62%, 25% e 22%, respectivamente, nas mudas inoculadas em relação as mudas controle. Para o capítulo 2 tese como hipótese de que à inoculação dos microrganismos como mitigadora dos danos no aparato fotossintético provocados pelo déficit hídrico. O objetivo é avaliar a biometria, trocas gasosas, potencial hídrico, peroxidação lipídica e ativação das enzimas antioxidantes em mudas de palma de óleo inoculadas com microrganismos e submetidas ao déficit hídrico. O experimento foi realizado em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos foram compostos pela inoculação dos microrganismos (UFRAB01 e MIX de fungos) e um controle (não inoculado), com cinco repetições, em mudas de palma de óleo submetidas a irrigação plena e submetidas ao déficit hídrico (-2,5 Mpa). A inoculação de UFRAB01 e MIX aumentaram a altura e diâmetro do coleto independente da condição hídrica. O potencial hídrico diminuiu em todas as mudas submetidas ao déficit hídrico, sendo a maior redução de 75% nas mudas controle. A fotossíntese líquida foi reduzida drasticamente pelo déficit hídrico, porém a inoculação de UFRAB01 e MIX conseguiram aliviar essa redução e mantiveram as maiores médias, cerca de 63% maior em relação ao controle. A condutância estomática e a transpiração foram reduzidas pelo déficit hídrico, entretanto a inoculação de UFRAB01 e MIX conseguiram regular esses processos para aumentar a eficiência do uso da água em 23% e elevar a carboxilação em 51% em relação ao controle. A peroxidação lipídica (MDA) não foi afetada pela inoculação dos microrganismos. Provavelmente, alguns mecanismos fisiológicos que envolvem a regulação da abertura estomática e maior atividade de carboxilação da rubisco podem estar sendo ativados pelos microrganismos para sustentar a maior demanda de fotoassimilados necessários para o maior crescimento e aliviar as alterações por outros sistemas de defesa não enzimático.