EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DO Bursaphelenchus cocophilus AGENTE ETIOLÓGICO DO ANEL VERMELHO EM COQUEIRO
Antagonista, Cocos nucifera, Geoestatística
O objetivo deste trabalho foi estudar a epidemiologia do anel vermelho e o biocontrole do B. cocophilus. O estudo da epidemiologia foi realizado com o mapeamento das distribuições espaciais das doenças anel vermelho e resinose em plantio de coqueiro no município de Moju/PA, com aplicação de técnicas de geoestatística, para analisar a relação entre essas doenças. Para o estudo de biocontrole, os possíveis agentes biológicos e o patógeno foram isolados de área de plantio comercial de coqueiro, Moju/PA. Foram realizados testes de caracterização bioquímica dos isolados de bactérias (solubilizadores de fosfato, protease e sideróforos) e de fungos (protease, sideróforos e quitinase); experimentos de biocontrole “in vitro” e “in vivo”, e análise de enzimas relacionadas a patogênese nas mudas de coqueiro (polifenol oxidase, guaiacol peroxidase, quitinase e glucanase). Os resultados da análise geoestatística mostraram distribuição agregada com moderada dependência espacial para o anel vermelho e forte dependência espacial para a incidência de resinose. A caracterização bioquímica dos 48 isolados das rizobactérias revelou que 56% foram positivos para protease, 44% solubilizaram fosfato e 10% produziram sideróforos. No experimento de biocontrole “in vitro”, 23% de Bacillus e 58% de Pseudomonas promoveram maior taxa de mortalidade do nematoide, e os isolados B14, P23 e B23 apresentaram maior potencial de biocontrole “in vivo”. Em relação as enzimas relacionadas a patogênese o isolado P23 resultou na redução de 95%, 30% e 20%, respectivamente, das atividades enzimáticas de PPO, GPX e QUI. Enquanto que no experimento envolvendo fungos do gênero Trichoderma, a caracterização bioquímica dos isolados mostrou que 15% dos isolados foram positivos para quitinase, 26% para proteases e 41% foram considerados sideróforos. No experimento “in vitro”, 55% dos isolado apresentou taxa de mortalidade superior a 20% do que a testemunha. No experimento “in vivo” os isolados testados, T47, T49 e T54, apresentaram taxa de mortalidade superior à testemunha. O isolado T49 resultou em elevada atividade enzimática, maior do que 50%, das enzimas GPX e QUI. Contudo, a incidência do anel vermelho e da resinose em plantio de coqueiro apresenta distribuição espacial do tipo agregada e estão correlacionadas e microrganismos dos gêneros Bacillus, Pseudomonas e Trichoderma apresentam potencial para o biocontrole do B. cocophilus, agente etiológico da doença anel vermelho do coqueiro.