PPGAGRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Teléfono/Ramal: No informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO PAULO BORGES DE LOUREIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO PAULO BORGES DE LOUREIRO
DATA : 30/07/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Sala Vitual
TÍTULO:

Mineração e agricultura na Amazônia Brasileira: o caso de Parauapebas, estado do Pará


PALAVRAS-CHAVES:

Diversificação Econômica, Modernização agrícola, Competividade, Percepções socioambientais.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Desde o período colonial o Brasil vem desenvolvendo vários tipos de mineração em seu território. No início o interesse por pedras preciosas e pela extração de ouro motivaram grandes investimentos e fluxos migratórios em diversas áreas do país. Desde a década de 1960 com a descoberta das reservas de minério de ferro na região de Carajás, Amazônia brasileira, houve a necessidade de se pensar em um modelo de extração que agregasse tanto a eficiência econômica quanto a preservação ambiental. Com os avanços nas discussões e conceitos de sustentabilidade a mineração no Brasil e em especial na Amazônia precisou começar a trabalhar de forma mais sustentável onde além da geração de riqueza e preservação ambiental, se tenha também a preocupação de mitigar passivos sociais intrínsecos a mineração como, por exemplo, o rápido crescimento populacional. Um quebra da dependência econômica das divisas geradas pela mineração é o maior desafio para tornar territórios mineradores mais sustentáveis, sendo esse o problema de Parauapebas, cidade do sudeste do estado do Pará, Amazônia brasileira, que na última década teve mais de 70% do seu PIB advindo da indústria mineral. Algumas inciativas para a diversificação econômica foram realizadas nos últimos anos, tendo a agricultura como principal alternativa uma vez que é uma atividade de ciclo de vida mais longo que a mineração capaz de gerar riqueza e ainda atender a crescente demanda por alimentos na cidade. Porém o que se viu na prática foi que os grandes investimentos públicos e privados feitos na zona rural da cidade não se converteram em ganhos de produção e modernização agrícola, uma vez que com exceção da soja, cultura ligada ao agronegócio exportador e não a produção de alimentos básicos, nenhum produto agrícola de Parauapebas teve crescimento estatisticamente significante. Esse cenário faz com que os produtores não sejam competitivos sequer para atender a estrutura de mercado atual da cidade que conta com grande demanda de compra de redes nacionais de atacadistas e varejistas que acabam por buscar produtos em outras cidades. Apesar de a própria população reconhecer a agricultura como a melhor alternativa de diversificação econômica é preciso melhorar a gestão de projetos produtivos na zona rural para resolver problemas que hoje impedem o avanço da atividade tais como a baixa organização dos produtores, cultura da dependência de doações da inciativa privada e poder público e acomodação dos produtores, motivada principalmente pela falta de mecanismos de cobrança por resultados produtivos dos projetos implantados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1743866 - MARCOS ANTONIO SOUZA DOS SANTOS
Externo à Instituição - JACQUES DEMAJOROVIC - FEI
Externo à Instituição - JORGE MANUEL FILIPE DOS SANTOS - ITV
Externa à Instituição - MARIA LUCIA BAHIA LOPES - Unama
Externo à Instituição - NILSON LUIZ COSTA - UFSM
Notícia cadastrada em: 07/07/2021 17:46
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