CRESCIMENTO E VALOR NUTRITIVO DE CULTIVARES DE MILHETO FORRAGEIRO SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO NITROGENADA E FOSFATADA
Pennisetum glaucum. Solos tropicais. Manejo da adubação
Na Amazônia, grande parte dos solos cultivados com pastagens apresentam limitações quanto à fertilidade. Uma das medidas utilizadas para a melhoria das condições desses solos é o manejo eficiente da adubação nitrogenada e fosfatada, que são responsáveis por possibilitar o incremento da produção e melhoria da qualidade da forragem. O milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown) , uma gramínea pouco exigente em condições de clima e solo e que produz forragem de boa qualidade, pode contribuir significativamente para a melhoria dos sistemas produtivos da região. O objetivo foi avaliar o crescimento e o valor nutritivo de cultivares de milheto forrageiro, cultivadas sob doses de nitrogênio (N) e de fósforo (P). Foram conduzidos dois experimentos, ambos em condições de casa de vegetação nas dependências do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). No primeiro experimento, o delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, arranjado em esquema fatorial 4 x 2, com seis repetições, sendo os fatores o tratamento controle (sem adubação com N) e três doses de N (75, 150 e 225 kg ha-1) na forma de uréia e sulfato de amônio e duas cultivares de milheto (BN2 e ADR500). No segundo utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições, sendo o tratamento controle (sem adubação com P) e três doses de P (50, 100 e 200 kg ha-1) na forma de superfosfato simples e as mesmas cultivares. No experimento de adubação nitrogenada, o N foi parcelado em três aplicações, sendo a primeira realizada no semeio, a segunda aos 25 dias e a terceira aos 45 dias após o semeio. A cultivar ADR500 apresentou maior altura, diâmetro, área foliar e produção de massa seca da parte aérea, enquanto que a cultivar BN2 apresentou maior comprimento e produção de massa seca da panícula. As doses de 151 e 155 kg ha-1 de Nproporcionaram maior altura e diâmetro, respectivamente. A maior AF e AFE foi obtida com as doses de 161 e 150 kg ha-1 de N, respectivamente. A maior produção de massa seca do milheto foi obtida com doses entre 75 e 225 kg ha-1 de N. O maior incremento de altura e massa seca da parte aérea foi observado no período de 40 a 50 DAS. As doses de P influenciaram a altura, diâmetro, massa seca da parte aérea e raiz, e o teor de P. A cultivar ADR500 proporcionou maior altura, diâmetro de colmo e massa seca da parte aérea. O aumento das doses de P promoveu a redução do teor de P na parte aérea do milheto.