"BIOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS DE CARAJÁS VISANDO A RECUPERAÇÃO AMBIENTAL"
Propagação. Dormência de sementes. Escarificação. Recuperação ambiental.
A baixa taxa germinação, bem como a ausência de conhecimento básicos sobre sementes de espécies nativas, como tamanho e massa, constituem-se nos principais desafios no uso de nativas em programas de recuperação e, ou, compensação ambiental e de conservação de espécies ameaçadas. Neste estudo, avaliou-se a biometria e a germinação (percentual e velocidade) de sementes de espécies nativas da FLONA Carajás e o efeito da escarificação do tegumento da semente sobre a germinação das mesmas, visando a otimização do uso de sementes de espécies nativas em programas de revegetação de áreas mineradas. Realizou-se a biometria das sementes com auxílio de paquímetro e balança analítica, enquanto que os testes de germinação se basearam no manual de Regras para Análise de Sementes (RAS). Os tratamentos pré-germinativos das sementes consistiram em desponte (escarificação mecânica) e imersão em ácido (escarificação química) e em água (escarificação térmica). Os resultados mostraram que i) o tamanho e massa das sementes foram bastante variáveis entre as espécies; ii) todos os grupos de hábitos de crescimento analisados apresentaram, em média, taxas de germinação inferiores a 60 %, além de reduzida velocidade de germinação; iii) após a escarificação, as sementes das espécies nativas germinaram, em média, praticamente 3 vezes mais e apresentaram velocidade de germinação aproximadamente 11 vezes maior; iv) 17 das 18 espécies leguminosas apresentaram baixas taxas de germinação, evidenciado a existência de algum tipo de dormência. A escarificação mecânica foi um método eficiente para aumentar a taxa de germinação e garantir maior homogeneidade de emergência das plântulas.