Recuperação fisiológica e retomada do crescimento em plantas jovens de palma de óleo submetidas a recorrentes ciclos de déficit hídrico
Elaeis guineenses, reidratação, aclimatação, trocas gasosas.
A seca é um estresse abiótico que prejudica o desenvolvimento e a produção da palma de óleo. Os impactos causados pelo déficit hídrico na palma de óleo são amplamente estudados e se estendem de alterações fisiológicas e bioquímicas a diminuição da produção. As compreensões dos mecanismos de defesa ao estresse hídrico levaram a determinação do grau de tolerância da cultura. Sendo que a recuperação do funcionamento fisiológico após um período de seca e de grande importância para esse entendimento, a grande maioria dos estudos consideram a seca como um evento único. Porém, em cenários mais condizentes com a realidade observada em campo, as plantas de palma de óleo são submetidas a períodos intermitentes de déficit hídrico durante a estação mais seca do ano. Portanto, as plantas experimentam sucessivos períodos de estiagem e reidratação impostos pela frequência e distribuição das chuvas. Algumas culturas apresentam capacidade de se aclimatar quando exposta a períodos de seca recorrente apresentando mais rápida e melhor resposta aos efeitos do estresse que planas que são expostas pela primeira vez. As Informações sobre a capacidade de recuperação fisiológica e a retomada do crescimento em plantas jovens de palma de óleo submetidas a sucessivos eventos de déficit hídrico são incipientes. Uma vez que a palma de óleo é uma cultura perene, este trabalho visa testar a hipótese de que esta espécie é capaz de desenvolver mecanismos fisiológicos que lhe permita uma recuperação fisiológica e retomada de crescimento mais rápida quando submetidas a eventos repetitivos de deficiência hídrica e reidratação. Portanto, este trabalho teve por objetivo a avaliar a velocidade da Recuperação fisiológica e da retomada do crescimento em plantas jovens de palma de óleo submetidas a recorrentes ciclos de déficit hídrico. Para tanto foram comparadas plantas de palma de óleo com 1,2 e 3 ciclos de seca durante o período de recuperação fisiológica sendo esta alcançada quando se igualavam ao controle plantas plenamente irrigadas. Foi observado que plantas expostas a ciclos de seca recorrentes se recuperam fisiologicamente e retomam o crescimento mais rápido que plantas que experimentam a seca pela primeira vez isto se deve a uma possível aclimatação da palma de óleo ao estresse hídrico.