Infestação de Bemisia tabaci (GENN., 1889) (Hemiptera: aleyrodidae) em cultivares de soja e avaliação de antibiose e antixenose.
Glycine max (L.) Merr., mosca- branca , precipitação.
A soja (Glycine max (L) Merrill) é uma leguminosa de grande interesse nacional e internacional, sendo usada para alimentação humana ou animal e integrantes da indústria de biodiesel. O complexo de insetos-pragas relacionados à cultura da soja se apresenta como entrave para o desenvolvimento da cultura e uma das principais pragas de soja no país, a mosca branca, Bemisia tabaci (Genn., 1889) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), destaca-se principalmente pela transmissão de vírus, sucção de seiva do floema e excreção da substância açucarada favorecendo o surgimento de fungos que interferem no processo fotossintético. Como uma das formas de controle desse inseto, a resistência de plantas se apresenta como um método promissor. Com isso se objetivou avaliar a infestação de Bemisia tabaci (GENN., 1889) (Hemiptera: aleyrodidae) em cultivares nas safras de 2015 a 2018, da cultura da soja, avaliação de antixenose em cinco cultivares com testes de não preferência para oviposição sem chance de escolha e com dupla chance de escolha contabilizando 48h após a infestação o número de ovos ovipositados, o número de tricomas e realizada medição da área foliar. Teste de antibiose foi realizado em duas avaliações: contabilizando-se na primeira, o número de ovos ovipositados 48h após a infestação, altura e clorofila de plantas infestadas e não infestadas e após 30 dias avaliou-se emergência das ninfas, determinação de instar, altura e clorofila de plantas infestadas e não infestada. Foi observado em condições de campo que as cultivares BRS 9090 RR, M 8210 IPRO e M 8644 IPRO foram menos preferidas para oviposição, diferindo-se significativamente da cultivar BRS Sambaíba, podendo-se supor que a cultivar apresenta aspectos estimulantes para oviposição, ocorrendo maior infestação quando as plantas ainda estavam novas e que a precipitação afeta a sobrevivência de B. tabaci. No teste sem chance de escolha o número total de ovos de B. tabaci ovipositados no genótipo M 8644 IPRO em relação aos demais genótipos avaliados. Considerando a oviposição de B. tabaci por área foliar, os materiais BRS 9090 RR e P99R03 apresentaram menor número de ovos/ cm2 diferenciando-se do genótipo BRS Sambaíba que apresentou maior número de ovos/ cm2 . Com relação ao número de tricomas/ cm2 , todos os genótipos avaliados não apresentaram diferenças significativas entre si. No teste com dupla chance de escolha a cultivar BRS Sambaíba foi classificada como deterrente pelo índice de preferência para oviposição.