LIMITAÇÕES ESTOMÁTICAS E NÃO ESTOMÁTICAS DA FOTOSSÍNTESE EM PLANTAS DE PALMA DE ÓLEO SUBMETIDAS AO DÉFICIT HÍDRICO
Elaeis guineensis, Curva A-Ci, Estresse hídrico.
Da palma de óleo se extrai um óleo cujo é utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica, cosmética e energética. Essa palmeira apresenta considerável sensibilidade ao déficit hídrico, reduzindo significativamente as taxas de assimilação líquida de CO2 (A). Assim, objetivou-se avaliar como a A em plantas jovens de palma de óleo pode ser negativamente regulada por limitações estomáticas e não estomáticas durante o progresso do déficit hídrico. Para isso, plantas de palma de óleo variedade Tenera, foram distribuídas em dois tratamentos a saber: Controle, no qual as plantas foram mantidas plenamente irrigadas; e déficit hídrico, cuja irrigação foi suspensa para a indução progressiva do estresse. Cada tratamento contou com cinco repetições distribuídas em delineamento inteiramente casualizado. As avaliações foram realizadas no momento da diferenciação dos tratamentos (dia 0) e após sete (dia 7) e 21 dias (dia 21) da diferenciação dos tratamentos, caracterizando diferentes severidades de déficit hídrico. O potencial hídrico foliar foi reduzido de - 0,13 MPa para -1,56 MPa no dia 7 e para -2,55 MPa no dia 21. Sob déficit hídrico moderado, potencial hídrico foliar igual a -1,56 MPa, a A foi reduzida em 85%, ao passo que a CC diminuiu em 70% e a gm em 84% Sob déficit hídrico severo, potencial hídrico foliar igual a -2,44 Mpa, a diminuição em A foi de 117%, enquanto Vcmax e EiC reduziram em 120 e 114%, respectivamente, e Rp aumentou em 44%; além disso, Fv/Fo reduziu em 45%. De tal modo, pode-se inferir que sob déficit hídrico moderado a regulação negativa da fotossíntese é decorrente de limitações estomáticas ou difusivas, enquanto sob déficit hídrico severo, a redução da fotossíntese é originada por limitações não-estomáticas.