ABSORÇÃO DE ELEMENTOS-TRAÇO EM ACMELLA OLERACEA: TOXIDEZ, FITOEXTRAÇÃO E BIOFORTIFICAÇÃO.
jambu, cádmio, selênio, translocação
O jambu é uma planta nativa das regiões tropicais, principalmente da Amazônia Brasileira, sendo também encontrada na África e Ásia. No estado do Pará, região Norte do Brasil, é vastamente cultivada por ser muito utilizada na gastronomia regional; além disso, seu uso tem avançado em múltiplas aplicações a nível nacional e internacional. O objetivo da pesquisa de tese é analisar o comportamento da cultivar Acmella oleracea (jambu) quanto a capacidade de fitoextração, toxidez e biofortificação. Os experimentos são individualizados para toxidez, fitoextração e biofortificação, com delineamento inteiramente casualizado e conduzidos em casa de vegetação por sistema semi-hidropônico em vasos. O primeiro experimento para avaliar a toxidez de selênio contou com 4 tratamentos e 15 repetições, totalizando 60 plantas. Foram utilizadas 3 doses de selênio na forma de selenato de sódio (5, 10 e 20 mg.kg-1), e mais o controle. O segundo experimento irá avaliar o potencial de biofortificação e contará com 6 tratamentos e 5 repetições. Serão utilizadas doses de selênio na forma de selenato de sódio (1, 2, 3, 4 e 8 mg.kg-1), e mais o controle. O terceiro experimento deverá determinar o potencial de fitoextração em relação ao cádmio nas doses 1, 3, 6 e 9 mg.kg-1 na forma de cloreto de cádmio e tratamento controle, com 5 plantas por tratamento. Os dados parciais do primeiro experimento foram submetidos à ANOVA e análise de componentes principais para construção de indicadores e composição do modelo de regressão. Os indicadores de crescimento, de massa e fisiológico, na avaliação de toxidez do selênio, mostraram efeito benéfico para a planta até 5mg.L-1. Todavia a partir de 10mg.L-1 de Se o desenvolvimento da planta passa a ser comprometido, apontando para níveis de toxidez do elemento até a dose letal de 20mg.L-1. A dose ótima de selênio para o desenvolvimento do jambu foi de 2,1 mg.L-1. As análises parciais apontam para a utilização do selênio em biofortificação, desde que observadas às doses de toxidez da planta, haja vista sua baixa tolerância ao elemento já foi demonstrada no primeiro experimento. Quanto à avaliação da capacidade fitoextratora do jambu, a ser testada para o Cd, espera-se confirmar a hipótese de translocação desse metal na cultivar.