PPGAGRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: PAULO SILVANO MAGNO FROES JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULO SILVANO MAGNO FROES JUNIOR
DATA : 19/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do PGAGRO
TÍTULO:

AGRICULTURA URBANA NO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA (PA): UMA AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DAS PRÁTICAS ADOTADOS NO BAIRRO DO CURUÇAMBÁ

 


PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura Urbana e Periurbana, Comercialização Agrícola, Empreendedorismo, Meio Ambiente Urbano.


PÁGINAS: 78
RESUMO:

A pesquisa analisa aspectos socioeconômicos, competências empreendedoras, níveis tecnológicos adotados nos sistemas de produção e estratégias de comercialização empregadas no contexto dos agricultores urbanos do bairro do Curuçambá (município de Ananindeua, estado do Pará).  Ademais, por se tratar de um estudo que envolve a esfera urbana e a agricultura, contemplou-se examinar fatores agravantes gerados pelo processo de urbanização nas cidades amazônicas (com realce para a criminalidade), que afetam e limitam o panorama de produção, comércio e empreendedorismo da Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) na localidade. Por meio do levantamento de campo, documentos oficiais e o geoprocessamento de imagens do Google Satellite, estimou-se o número de empreendimentos de Agricultura Urbana na área de estudo, identificando um contingente de 120 negócios. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com perguntas semiestruturadas que foi aplicado na forma de entrevistas junto aos atores participantes do estudo, no período de julho a setembro de 2019. A amostra foi composta por 63 agricultores urbanos, sendo que 23 eram membros da Cooperativa dos Produtores da Gleba Guajará (COPG) e 40 produtores não cooperados, contabilizando uma amostragem de 52,50% do universo. A análise de dados, se baseia nas metodologias de estatística descritiva como distribuição de frequências (absoluta, relativa e relativa acumulada) e testes de média. Além de análises de renda familiar per capita e margem de comercialização. Os resultados demonstraram que a formação da agricultura urbana presente no bairro é derivada do processo urbanização da Amazônia, estimulada pelas políticas habitacionais do governo militar brasileiro durante a década de 1970. Essas origens são evidenciadas pela presença de uma população, predominantemente, migrante, naturais da região nordeste do Brasil e do interior do Estado do Pará. Nessa comunidade, cerca de 63,5% dos entrevistados tem baixo grau de escolaridade (no máximo até o ensino fundamental completo), com renda familiar média mensal de 1 a 2 salários mínimos (R$ 954,00 a R$ 1.908,00) para 50,79% da amostra, sendo que 88,89% tem na agricultura sua ocupação principal. A agricultura no bairro, geralmente, faz uso de defensivos agrícolas e tecnologias rudimentares para reposição de nutrientes ao solo. Entretanto, observam-se movimentações nos negócios agrícolas para utilização de tecnologias mais aprimoradas como o cultivo protegido em túneis, suspensos e casas de vegetação, além da implementação de sistemas que se abstém do uso do solo como a aquaponia e a hidroponia. Os principais itens produzidos são do gênero hortifrutigranjeiro, os quais são comercializados, principalmente, com atravessadores e comerciantes, sendo em muitos casos vendidos para feiras da Região Metropolitana de Belém (RMB), como PAAR, Cidade Nova 4, Entroncamento e Ver-o-Peso. O fornecimento, em algumas situações, também é realizado por meio de mercados institucionais como Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além das Redes de Supermercados. A respeito das habilidades empreendedoras e administrativas, analisou-se que a contabilidade do negócio agrícola é um fator extremamente frágil e que enseja aprimoramento, sendo uma condição limitante para a evolução positiva do empreendimento. Quanto a avaliação do perfil de habilidades empreendedoras, observou-se como destaque a característica de persistência, com 66,67% dos entrevistados se autoavaliando com nota “muito alta”. No que se refere aos problemas gerados pela urbanização desordenada, a severidade da criminalidade sob a agricultura no Curuçambá teve pontuações avaliadas como: 20,63% para “regular”, 15,87% para “alta” e 33,33% para “muito alta”, evidenciando certo grau de influência para a atividade, influenciando questões como a escolha de culturas produzidas, tecnologias adotadas, comercialização e, consequentemente, no comportamento empreendedor.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1743866 - MARCOS ANTONIO SOUZA DOS SANTOS
Interno - 1997575 - FABRICIO KHOURY REBELLO
Externo ao Programa - 1646423 - CYNTIA MEIRELES MARTINS
Externo à Instituição - MARIA LUCIA BAHIA LOPES - Unama
Notícia cadastrada em: 27/01/2020 15:47
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