ESTOQUES DE CARBONO E ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Matéria orgânica, mudanças climáticas, solo, emissões antrópicas
A crescente emissão dos principais gases de efeito estufa dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) para a atmosfera está contribuindo para acelerar as mudanças climáticas. A elevada emissão desses gases é resultante: da queima de combustíveis fósseis, uso inadequado da terra com finalidade agrícola e pelas mudanças de uso da terra com desmatamento seguido da queima de biomassa vegetal o que acarreta a elevação da temperatura na terra. Essas emissões antrópicas potencializam o efeito estufa, responsável pelo derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, perdas na agricultura e poderá acarretar danos maiores em longo prazo. O protocolo de Quioto de 1997 estabeleceu limites e prazos para os países participantes mitigarem as emissões desses gases, assumindo compromissos e responsabilizando-se por implantar programas de pesquisa em busca de inventariar as emissões antrópicas e quantificar os estoques de carbono em diferentes uso do solo. Estudos revelam que, o aporte de resíduos vegetais na superfície dos solos das regiões tropicais ajuda a manter e elevar os níveis de concentração de carbono na matéria orgânica, beneficiando as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos. Se técnicas adequadas de manejo do solo forem adotadas, pode-se remover parte do carbono contido na atmosfera, transformando o compartimento solo em sumidouro de carbono. Para tanto é necessário identificar com técnicas de fracionamento físico densimétrico e granulométrico em quais frações esse carbono está sendo armazenado. Sendo assim, são necessárias pesquisas que quantifiquem os estoques de carbono e fracionamento da matéria orgânica nos diferentes usos dos solos.