PPGAGRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Teléfono/Ramal: No informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: VANESSA MELO DE FREITAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VANESSA MELO DE FREITAS
DATA : 28/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO:

ECONOMIA CIRCULAR NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE AÇAÍ: MISTURA DE PÓ DE ROCHA, BIOCARVÃO E INOCULANTE MICROBIANO


PALAVRAS-CHAVES:

remineralização do solo; fertilidade do solo; disponibilidade de nutrientes; Amazônia brasileira.


PÁGINAS: 30
RESUMO:

A economia circular deve ser estimulada para fortalecer a sustentabilidade das atividades humanas na Amazônia. A associação entre pó de rocha, biocarvão e microrganismos pode promover a melhoria da qualidade dos solos para o cultivo de plantas como o açaizeiro, o que demanda estudos para avaliar o potencial dessa combinação. Os objetivos deste estudo foram: i) caracterizar o pó de metabasalto produzido na Província Mineral de Carajás; ii) compreender as mudanças nos atributos químicos de solo de baixa fertilidade com a aplicação de pó de rocha, biocarvão e inoculante microbiano; e iii) avaliar o crescimento de mudas de açaizeiro em solos submetidos a aplicação desses tratamentos. Para tanto, fragmentos de rocha metabasáltica foram coletados, triturados, peneirados (0,3 mm) e caracterizados quanto ao pH de abrasão e dos teores de nutrientes. O biocarvão foi produzido a partir da pirólise de caroços de açaí (400 °C) coletados na região metropolitana de Belém, Pará. A solução inoculante foi composta principalmente por bactérias dos gêneros Amycolatopsis sp., Oceanobacillus sp. e Bacillus sp., que têm potencial comprovado na solubilização de nutrientes. O experimento teve oito tratamentos: T1 - solo; T2 - solo + pó de rocha (10%); T3 - solo + biocarvão (2%); T4 - solo + inoculante; T5 - solo + biocarvão (2%) + inoculante; T6 - solo + pó de rocha (10%) + biocarvão (2%); T7 - solo + pó de rocha (10%) + inoculante; e T8 - solo + pó de rocha (10%) + biocarvão (2%) + inoculante, que foram conduzidos durante 120 dias em casa de vegetação. Após isso, as plantas foram avaliadas em termos de crescimento, teores de nutrientes no tecido vegetal e taxa fotossintética (A), e os substratos foram avaliados em termos de fertilidade. Dados com distribuição normal foram comparados usando análise de variância (ANOVA) e teste de Scott-Knott (p < 0,05), e dados sem distribuição normal foram comparados pelos testes de Kruskal-Wallis e Dunn (p < 0,05). O pó de rocha apresentou vários nutrientes em conteúdo acima do requerido pela legislação brasileira, incluindo bases (Ca, Mg e K) e micronutrientes como Fe e Mn. Os resultados do experimento indicaram mudanças significativas na fertilidade do solo com a aplicação dos tratamentos, sobretudo com pó de rocha (T2, T6, T7 e T8), que aumentaram consideravelmente o pH, a soma de bases e a saturação por bases. As variáveis de biometria de plantas tiveram tendências de melhores resultados com a aplicação de T3, T4, T5 e T8. Vários tratamentos promoveram maiores teores de nutrientes no tecido vegetal em relação ao solo natural, indicando o potencial desses materiais como fonte de elementos essenciais. Os resultados desse estudo poderão subsidiar o uso de coprodutos de mineração e resíduos agroindustriais para a melhoria da fertilidade de solos na Amazônia, favorecendo a economia circular na região.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.493.086-** - SILVIO JUNIO RAMOS - ITV
Externo à Instituição - GABRIEL CAIXETA MARTINS - ITV
Externo à Instituição - JEFFERSON SANTANA DA SILVA CARNEIRO - NetZero
Notícia cadastrada em: 09/12/2024 19:29
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