CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA E QUIMIOMÉTRICA DE AMÊNDOAS DE CACAU PRODUZIDAS NA REGIÃO DA TRANSAMAZÔNICA E XINGU, ESTADO DO PARÁ
Cacau fino, Qualidade, Chocolate.
A produção de cacau no Brasil está concentrada no estado do Pará, seguido pela Bahia, Rondônia, Espírito Santo, Amazonas e Mato Grosso. Nos últimos dez anos, o Brasil teve um aumento de 10% na demanda por suas exportações de cacau. Este aumento está em linha com as tendências do mercado global, uma vez que os consumidores brasileiros buscam produtos de melhor qualidade. Nos últimos dez anos, global e localmente, o Brasil viu a demanda por cacau fino ou aromatizado aumentar em 10%. Em linha com as tendências do mercado global, os consumidores de chocolate brasileiro agora buscam maior qualidade. Serão coletadas amostras de amêndoas de cacau de produtores diferentes por municípios (Uruará-PA, Medicilândia-PA, Brasil Novo-PA, Altamira -PA, Vitoria do Xingu-PA, Anapu-PA, Pacajá-PA, Novo repartimento). Será levantado dados gerais do produtor, da propriedade, variedade do cacau, idade e sanidade da planta, tipos de estrutura e tipo do processo de beneficiamento primário do cacau utilizado. Esse trabalho tem como objetivo, analisar a relação entre as características biométricas e a composição química das amêndoas de cacau, visando aprimorar o conhecimento sobre fatores que influenciam a qualidade e as propriedades sensoriais das amêndoas de cacau. Após a coleta das amostras, as amêndoas foram submetidas às análises física e físico-químicas no laboratório de Processamento de produtos de Origem vegetal e animal pesquisa da Universidade Federal do Pará-UFPA, Campus Altamira e as análises químicas no CVACBA - Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia em Belém. O resultado dessa pesquisa irá contribuir para uma a proposição de acesso a novos mercados para o cacau da região do Transamazônica e Xingu, pois os resultados serão usados como fundamentos para estabelecer a estratégia mercadológica e de valorização do produto, pois estas características identificadas, serão usadas como “potencialidades do cacau de ‘terroir’ da região”. É sabido que existe um trabalho já realizado pelos agricultores, já a muito tempo, porém ainda de maneira empírica e cultural, portanto será uma oportunidade de validar essas experiências de formas mais científica, além propiciar algumas inovações tecnológicas.