RESPOSTAS MORFO-FISIOLÓGICAS E AJUSTES NO METABOLISMO PRIMÁRIO EM PLANTAS DE PALMA DE ÓLEO SUBMETIDAS AO DÉFICT HÍDRICO REPETITIVO
Óleo de Palma, déficit hídrico, metabolismo primário.
O Pará é o maior produtor nacional de óleo de palma, sendo responsável por 98% da produção nacional, os produtos da oleaginosa são utilizados para diversos fins. Sendo a Amazônia Oriental uma região de diferentes padrões pluviométricos, a precipitação mensal não atende a demanda potencial de água para o bom desenvolvimento da cultura, a qual precisa enfrentar eventos repetitivos de déficit hídrico e reidratação ao longo do seu ciclo de vida. Evidências recentes demonstraram que palma de óleo submetida a três eventos de déficit hídrico apresentam ajustes no metabolismo fotossintético. Assim, faz-se necessário investigar como as respostas em níveis morfofisiológicos em palma de óleo aclimatadas são suportadas por ajustes no metabolismo primário e na eficiência energética nessas plantas. À vista disso, o objetivo desta pesquisa é avaliar as respostas iniciais da fotossíntese, respiração e fotorespiração e sua relação com a memória ao déficit hídrico, bem como verificar se essas respostas diferem entre dois híbridos. O experimento foi conduzido na Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Capanema, em casa de vegetação. O material biológico constitui- se de dois híbridos de palma de óleo (Deli x Ghana e Deli x Nigeria) de 9 meses de idade, 20 plantas por variedade. O experimento é constituído de 3 tratamentos, sendo eles: controle, irrigada continuamente; WD 1X, um evento de estresse aplicado por suspenção de irrigação e WD 3X, plantas submetidas a três eventos de estresse aplicados pela suspenção da irrigação. Foram 3 meses de ciclos de seca e reidratação, monitorados pelo potencial hídrico do solo e trocas gasosas. O delineamento experimental, constitui-se de 5 blocos de 3 tratamentos. Os parâmetros avaliados são relacionados ao crescimento vegetativo, parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila e parâmetros bioquímicos. No que diz respeito ao crescimento, na variedade D. Ghana, as variáveis de peso seco das folhas e o peso seco total mostraram valores menores no tratamento WD 3x. Quanto à distribuição de biomassa, o tratamento WD 3x teve um melhor desempenho em comparação com o WD 1x. Para a variedade D. Nigéria, foram observados índices menores de peso seco nas folhas, na Stipe e no peso seco total para WD 3x. No híbrido D. Ghana, o tratamento WD 1x, no período das 18h, mostrou maior teor de amido em comparação com o controle e o WD 3x no mesmo horário. O teor de aminoácidos às 18h nos tratamentos WD1x e controle são relativamente menores em comparação com as observadas às 6 h, ao contrário do que foi observado no grupo WD 3x. Na variedade D. Ghana às 6 horas, o tratamento WD 1x mostrou menor teor de açúcares solúveis totais em comparação aos outros dois tratamentos. Quanto às proteínas, às 18 horas, o tratamento WD 3x apresentou as menores proporções.