"DESENVOLVIMENTO E FISIOLOGIA DA PIMENTEIRA-DO- REINO SUBMETIDA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO VIA FERTIRRIGAÇÃO.''
Manejo da adubação, fertirrigação, respostas fisiológicas.
A Pimenta-do-reino é uma das especiarias mais importantes do mundo, responsável por gerar empregos e renda, a cultura tem grande importância econômica e social. Atualmente, o Pará é o segundo maior produtor nacional, apesar disso, não foi notado aumento na produtividade por hectares nos últimos anos, provavelmente devida a baixa utilização de tecnologias utilizada nos pimentais paraenses, como o manejo da adubação, dente as formas de se adubar, a fertirrigação tem ganhado espaço no cenário agrícola, pois consegue parcelar e aplicar as doses de adubo de acordo com o desenvolvimento do vegetal, entretanto, há carência de informação sobre a tecnologia voltadas para a cultura. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento da pimenteira-do-reino sob diferentes doses de N e K via fertirrigação. O trabalho foi desenvolvido na Empresa de Produtos Tropicais de Castanhal- TROPOC durantes os meses de abril de 2021 a dezembro de 2022. O experimento foi em blocos casualizados com quatro doses de N (0, 30, 60, 120 g) e quatro doses de K (0, 35, 70, 140 g) baseadas na recomendação de adubação da pimenteira a 0, 50, 100, 200%. No primeiro ano de cultivo, a pimenteira foi adubada de forma convencional, a partir do segundo ano a adubação ocorreu através da fertirrigação nos meses de agosto a dezembro. A irrigação foi realizada através de mangueiras autocompensantes de polietileno aditivado, de 16 mm com gotejadores distanciados a 30 cm entre si, vazão de 3,5 L/h e pressão no final da linha de 8 mca. Para o manejo da irrigação foram instalados seis tensiometros na área na profundidade de 20, 40 e 60 cm. A fertirrigação foi realizada a cada 15 dias, sua realização consistia em um terço do tempo utilizado na irrigação, posteriormente ocorria a fertirrigação e depois a irrigação ocorria novamente, com o objetivo de carrear os nutrientes para as camadas mais baixas do solo e lavar o sistema de irrigação. Os adubos utilizados na fertirrigação foram, o cloreto de potássio purificado (60 % de K), o nitrato de cálcio (15,5% de N e 19% Ca), nitrato de magnésio (11% de N e 9,3% de MgO), ureia (45% de N). Foram avaliados a Altura da planta-AP, Circunferência do Caule-CC, Número de nó- Nº de Nó, Teor de Nitrogênio pelo índice SPAD aos 90, 120 e 150 dias após a diferenciação dos tratamentos, foi utilizado o analizador de Fotossintese- Irga para a análise da taxa de assimilação de CO2, Eficiência de carboxilação (ECi), troca gasosa (gs), Concentração interna de CO2 (Ci), transpiração (E) e Eficiência interna no uso da água (WUE). Os dados foram submetidos ao teste de F e análise de Regressão a 5% e 1% de probabilidade, as análises foram realizadas com o auxílio do programa R 4.2.2. A pimenteira-do-reino teve seu crescimento e atividade fisiológica influenciada pelas diferentes doses de nitrogênio e potássio, dosagens elevadas dos adubos apresentaram as melhores resposta para todas as variáveis analisadas, porém para determinar uma dose econômica, faz-se necessário conhecer a resposta da planta as características de produtividade.