METABOLISMO BIOQUÍMICO E ESTADO NUTRICIONAL DE PLANTAS JOVENS DE PARICÁ SOB CONCENTRAÇÕES DE ALUMINIO
Schizolobium amazonicum Ducke
Metabolismo bioquímico
Estado nutricional
Toxidez de Alumínio
Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá) é uma espécie arbórea madeireira com alta produtividade e possui uma grande importância econômica e ecológica. A toxicidade do alumínio é um dos principais fatores limitantes do desenvolvimento das plantas em solos ácidos O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de Al3+ sob a altura, peso da matéria seca, estado nutricional e metabolismo bioquímico de plantas de paricá cultivadas em solução nutritiva. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com cinco blocos, onde cada bloco continha uma planta de cada tratamento totalizando cinco repetições, sendo cada planta uma unidade experimental. Os tratamentos consistiram em quatro concentrações de alumínio: 0; 5; 10; 20 e 40 mg L-1, aplicado na forma de cloreto de alumínio (AlCl3) a solução nutritiva. Foram avaliados altura e matéria seca, teor de macro e micronutrientes e o metabolismo bioquímico da planta. O peso da matéria seca aumentou significativamente nas raízes que possuíam Al3+, enquanto que a parte aérea sofreu redução. As plantas mais afetadas pelo efeito toxico do alumínio foram as com 20 e 40 mg L-1 de Al3+. O teor de macro (N, P, Ca, Mg e K) e micronutrientes (Fe, Cu e Mn) foram afetados significativamente pelo Al3+, exceto o Zn. A parte aérea foi a mais afetada pela toxidez, onde o teor da maioria dos nutrientes sofreu redução. O acúmulo dos macronutrientes foram maior na raiz com a adição do Al na solução comparado com a parte aérea. Para os micronutrientes observou-se comportamento semelhante, exceto para o Fe que não apresentou diferença significativa na raiz e o Zn na parte aérea. A concentração de nitrato e amônio nas raízes aumentaram na presença do metal fitotóxico, enquanto a concentração de aminoácidos, proteínas, carboidratos e amido diminuiu em dosagens acima de 5mg L-1. Dos aminoácidos que proporcionam resistência a estresses abióticos, prolina e glicina betaína, somente a glicina aumentou sua com a adição do Al3+, enquanto que a prolina foi afetada pelo efeito toxico e teve uma queda na concentração na presença do Al3+.