"BIOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS DE CARAJÁS"
Propagação vegetal. Dormência de sementes. Escarificação. Recuperação ambiental.
A baixa taxa germinação, bem como a ausência de conhecimento básicos sobre sementes de espécies nativas, como tamanho e massa, constituem-se em alguns dos principais gargalos do seu uso com maior sucesso em programas de recuperação e, ou, compensação ambiental e de conservação de espécies ameaçadas. Neste estudo, avaliou-se a biometria de sementes de espécies nativas da FLONA Carajás e o efeito da escarificação do tegumento das sementes sobre a germinação das mesmas, visando a otimização no uso de sementes de espécies nativas em programas de revegetação de áreas mineradas. Os tratamentos pré-germinativos das sementes consistiram em desponte (escarificação mecânica), imersão em ácido sulfúrico (98 %) (escarificação química) e imersão em água quente (100 °C) (escarificação térmica), testes estes conduzidos conforme o manual de Regras para Análise de Sementes (RAS). Os resultados mostraram que i) o tamanho e massa das sementes foram bastante variáveis entre as espécies; ii) todos os grupos de hábitos de crescimento analisados apresentaram, em média, taxas de germinação inferiores a 60 %, além de reduzida velocidade de germinação; iii) após a escarificação, as sementes das espécies nativas germinaram, em média, praticamente 3 vezes mais e apresentaram velocidade de germinação aproximadamente 11 vezes maior; iv) 17 das 18 espécies leguminosas apresentaram baixas taxas de germinação, evidenciado a existência de algum tipo de dormência. O tamanho e a massa de sementes variam bastante entre as espécies nativas. A escarificação mecânica do tegumento da semente aumenta a taxa de germinação das sementes na maioria das espécies estudadas, sendo considerado o melhor método.