PPGAGRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Phone: Not available

Banca de QUALIFICAÇÃO: EDNA SANTOS DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDNA SANTOS DE SOUZA
DATA: 26/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do programa de pós-graduação
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE RISCO E FITORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS POR ELEMENTOS POTENCIALMENTE TÓXICO DE SERRA PELADA-PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Fitoestabilização. Metais pesado. Mina artesanal de ouro. Avaliação de risco. Serra Pelada


PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Ciência do Solo
ESPECIALIDADE: Química do Solo
RESUMO:

A mineração de ouro é primordial para o desenvolvimento econômico, porém a exploração causa sérios impactos ambientais e de saúde pública, principalmente a exploração artesanal. A rocha que contém ouro também apresenta outros elementos potencialmente tóxicos (EPTs), como o As, Ba, Co, Cu, Cd, Cr, Ni, Pb, Se e Ni, que apresentam potencial de toxidade e são carcinogênicos. Serra Pelada é a maior mina a céu aberto do Brasil, explorada a partir de 1980, gerou divisas para o país, mas também gerou graves impactos ambientais e socioeconômicos como assoreamento de rios e poluição do solo. A ingestão de solo, água e alimentos contaminados por EPTs traz risco a saúde humana e por isso estudos de avaliação de risco a saúde humana e estratégia de mitigação dos resíduos da mineração são primordiais para regiões com exploração mineral. O uso de resíduos orgânicos é considerado uma alternativa econômica e ambientalmente viável para remediação de rejeito e estéril de mineração. O objetivo foi determinar os teores e avaliar o risco a saúde humana de EPTs na região aurífera de Serra Pelada, estado do Pará e identificar resíduos orgânicos com potencial para uso em programas de fitorremediação. Foram coletadas amostras de solos, estéreis, rejeitos, água e vegetais em Serra Pelada-PA, determinado os teores de As, Ba, Co, Cu, Cd, Cr, Ni, Pb, Se e Ni e avaliado o risco a saúde humana por ingestão. Foram realizadas análises de distribuição espacial dos EPTs no solo e análise multivariada para estabelecer a relação entre os EPTs e os atributos do solo. Foi instalado experimento em casa de vegetação com lactuca sativa, estéreis de mina de ouro e resíduos orgânicos de açaí, castanha-do-pará, biochar e borra de café em diferentes proporções, para avaliar o potencial de remediação dos EPTs. A biomassa da planta e os teores de EPTs na planta e no solo serão mensurados e calculado o potencial de bioacumulação e translocação. Os teores de metais no solo foram superiores aos valores de referência de qualidade para o estado do Pará. O índice de geoacumulação apontou contaminação antropogênica pelos EPTs em na área do garimpo de Serra Pelada. A análise de distribuição espacial dos EPTs apresentou teores elevados na área próxima a cava na jusante. As fontes de água próxima a área de mineração apresentaram teores de Ba, Pb e As, superiores aos valores permissíveis da organização mundial de saúde, com risco de contaminação humana.  As amostras de vegetais apresentaram contaminação por Pb e Ba em todas as espécies avaliadas. O índice de perigo (HI) médio a saúde humana para todos os metais em todas as vias de exposição foi inferior a 1,0 para adultos e crianças, mas HI máximo foi superior ao valor permissível de 1,0 o que indica risco deletério a saúde humana em alguns pontos de coleta. O risco a saúde humana e a contaminação ambiental na mina de ouro Serra Pelada são heterogêneos em todo o vilarejo e reflete a forma artesanal de exploração do ouro. Os dados do experimento de casa de vegetação estão sendo tabulados e analisados. As análises de bioacessibilidade serão iniciadas em laboratório no mês de abril.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6388356 - ANTONIO RODRIGUES FERNANDES
Externo à Instituição - CRISTINE BASTOS DO AMARANTE - INT
Externo à Instituição - LEÔNIDAS CARRIJO AZEVEDO MELO - UFV
Externo à Instituição - LETÚZIA MARIA OLIVEIRA - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 26/02/2016 09:17
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação - (91) 3210-5208 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa2.sigaa2