PPGAGRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Phone: Not available

Banca de QUALIFICAÇÃO: MILA FAÇANHA GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MILA FAÇANHA GOMES
DATA : 27/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Online, via Google Meet (meet.google.com/umw-rdmp-and)
TÍTULO:

INDICADORES DE SAÚDE DO SOLO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM PALMA DE ÓLEO NA AMAZÔNIA ORIENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

qualidade do solo, carbono lábil do solo, solo degradado


PÁGINAS: 115
RESUMO:

Sistemas agroflorestais (SAFs) em geral são reconhecidos por promover melhoria da saúde e aumento do estoque de carbono (C) do solo. Na região Amazônica, SAFs com palma de óleo têm sido cultivados como estratégia produtiva e de recuperação de áreas degradadas. O objetivo deste estudo foi avaliar se as práticas de manejo adotadas em SAFs com palma de óleo afetam os indicadores de saúde e o estoque de C do solo. No primeiro capítulo, avaliamos dois SAFs com palma de óleo que diferem no nível de diversidade de espécies: maior diversidade (SAF-B) e menor diversidade (SAF-A). Usamos uma floresta em regeneração (Floresta) como comparação, já que também é um modelo de recuperação ambiental. Nas camadas 0-10, 10-20 e 20-30 cm do solo, avaliamos indicadores químicos: acidez ativa (pH), cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (K), fósforo (P), alumínio (Al); (b) indicadores físicos: densidade (DS) e estabilidade de agregados (AGREG) e; (c) indicadores biológicos: carbono oxidável por permanganato (CPOX), carbono orgânico particulado (COP), carbono total do solo (teor de SOC) e estoque de raízes (RAIZ). Além disso, avaliamos o estoque de carbono total do solo (estoque de SOC). Os valores dos indicadores biológicos na camada mais superficial, especialmente os indicadores de C, foram mais altos nos SAFs do que na floresta; encontramos o mesmo padrão (SAFs>Floresta) para os indicadores químicos. Os indicadores físicos não apresentaram um padrão específico de variação entre SAFs e floresta; a estabilidade de agregados foi maior na floresta do que nos SAFs em todas as camadas do solo e a densidade do solo foi maior no SAF-B e FOR em comparação ao SAF-A na camada mais subsuperficial. Portanto, os SAFs com palma de óleo melhoram a saúde química e biológica do solo, especialmente nas camadas mais superficiais, mas não melhoram a saúde física do solo. No segundo capítulo, avaliamos a atividade das enzimas Betaglucosidase (Beta) e Arylsulfatase (Aryl), CPOX, respiração microbiana (RM), matéria orgânica do solo (MOS) e COT em três sistemas de cobertura do solo (SAF com palma de óleo, monocultivo de palma de óleo e floresta) e nas zonas de manejo dos sistemas de produção de palma de óleo (carreador-CAR, área de coroamento da palma de óleo-ACP, empilhamento de folhas-PIL e faixa diversificada-DIV). Encontramos melhores níveis desses indicadores de saúde do solo nos SAFs em comparação com a floresta e o monocultivo; e níveis superiores na PIL, intermediários na DIV e ACP e inferiores no CAR. Nossos resultados para COT, Beta, Aryl e CPOX indicam que sistemas agroflorestais com palma de óleo promovem melhor saúde do solo em comparação com o monocultivo e a floresta. Esses indicadores mostram que as zonas de manejo com maior aporte de C (PIL, DIV e WED) apresentam melhor saúde do solo. Na maioria das comparações, Beta, Aryl, CPOX e COT foram mais sensíveis que RM e MOS para diferenciar os sistemas de cobertura do solo e as zonas de manejo. No terceiro capítulo, avaliamos o incremento de CPOX e COT entre os anos de 2018 e 2022 nos SAFs com palma de óleo, monocultivo de palma de óleo e floresta; e nas zonas de manejo CAR, ACP, PIL e DIV. Nossos resultados para CPOX e COT mostram que os SAFs com palma de óleo apresentam maior incremento na saúde do solo a curto prazo em comparação ao monocultivo. Os SAFs também apresentaram tendência de melhor incremento no status da saúde solo em relação às áreas mais estáveis ecologicamente, neste estudo, a floresta.  Em relação às zonas de manejo, as zonas dos SAFs apresentaram incremento em CPOX e COT, diferentemente do monocultivo, cuja saúde do solo das zonas de manejo não mudou ou decresceu. De modo geral, o CPOX foi mais sensível para identificar diferenças nos incrementos da saúde do solo nos sistemas de cobertura do solo e nas zonas de manejo. A associação da adubação orgânica com a diversidade de espécies nos SAFs foi a principal responsável pelo incremento de curto prazo na saúde do solo nesse sistema em comparação com o monocultivo. Apesar dos resultados positivos para os SAFs, mais pesquisas são necessárias para avaliar mudanças de longo prazo na saúde do solo nesses sistemas de cultivo, visto que o ciclo de plantio da palma de óleo dura aproximadamente 25 anos. Contudo, nossos resultados sugerem que o cultivo de palma de óleo em SAFs pode ser uma alternativa mais sustentável que o monocultivo e tem grande potencial para incrementar a saúde do solo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 013.474.077-74 - STEEL SILVA VASCONCELOS - UFRA
Externa ao Programa - 1741065 - VANIA SILVA DE MELO
Externa à Instituição - LEIDIVAN ALMEIDA FRAZÃO
Externa à Instituição - IÊDA DE CARVALHO MENDES
Externa à Instituição - PATRÍCIA ANJOS BITTENCOURT BARRETO-GARCIA
Notícia cadastrada em: 07/11/2023 15:43
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