FITORREMEDIAÇÃO DE ESTÉRIL DE MINA DE COBRE COM MOGNO AFRICANO, UTILIZANDO RESÍDUOS ORGÂNICOS E AMENIZADORES DA FITOTOXIDEZ DE METAIS
Mineração, resíduos, remediar, condicionantes, fitoestabilização
A mineração de cobre (Cu) na Amazônia brasileira traz preocupação acerca da geração de resíduos e o risco de dispersão do elemento, gerando poluição do solo e dos corpos hídricos. O desenvolvimento de estratégias de fitorremediação com a utilização de resíduos orgânicos e amenizadores faz-se extremamente necessário para o estabelecimento de espécies vegetais e recuperação de áreas poluídas por Cu. O objetivo foi avaliar o potencial de fitorremediação do mogno africano (nome cientifico) cultivado em substrato contendo estéril de mineração de Cu tratado com resíduos de castanha-do-Pará (CP), associado a amenizadores de fitotoxidez. Os tratamentos: CP (controle), acrescido de silício (Si), selênio (Se), biocarvão (Bio) e cinzas de caldeira de cana-de-açúcar, Se + Si, Se + Ci e Se + Bio. Determinou-se os teores de Cu nos substratos e plantas após 90 dias de experimento e destes calculou-se os parâmetros acúmulo, fator de translocação (FT), fator de bioconcentração (FBC) e fator de biotransferência (FBT). O mogno africano mostrou potencial para fitoestabilização com teores característicos de uma espécie hiperacumuladora de Cu. Os tratamentos com Se, Bio e Se + Ci proporcionaram os maiores teores de Cu, FBC e FBT, e menor FT nas plantas, aumentando a eficiência da fitoestabilização.